Risco de saúde pública encerra fábrica em Vila Velha de Ródão - TVI

Risco de saúde pública encerra fábrica em Vila Velha de Ródão

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  • 11 mar 2017, 12:58
Vila Velha de Ródão

Cetroliva foi obrigada a desligar as caldeiras da unidade fabril por "existência de risco para o ambiente, para a qualidade do ar e para a saúde pública". Empresa promete regresso ao trabalho dentro de 15 dias após a conclusão de investimento

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) encerrou a empresa Cetroliva, de Vila Velha de Ródão, com base no risco para o ambiente e para a saúde pública, foi anunciado este sábado.

Em comunicado, o Ministério do Ambiente explica que a decisão da CCDRC foi tomada na sexta-feira, sendo que esta medida cautelar de encerramento determinou que fossem desligadas as caldeiras da unidade fabril.

"A decisão tem por base a existência de risco para o ambiente, para a qualidade do ar e para a saúde pública", lê-se no documento.

No entanto, o administrador da Centroliva, Nuno Branco, explicou que a empresa não foi encerrada, mas a sua laboração suspensa e adiantou que após a conclusão do investimento que está a ser feito, a situação voltará à normalidade.

Nós somos uma empresa cumpridora. Aquilo que estamos a instalar, aliás o investimento está a 15 dias de ser terminado e a situação voltará à sua normalidade. A Centroliva é uma empresa cumpridora e vai cumprir", afirmou à agência Lusa, o administrador Nuno Branco.

A empresa de Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco, dedicava-se ao processamento de bagaço e produção de energia e em fevereiro de 2016 tinha sido intimada a "adotar as medidas necessárias" ao exercício da sua atividade "sem incumprimentos ambientais".

Após o prazo de 30 dias, o Ministério do Ambiente decidiu que a Centroliva tinha dado cumprimento a todas as determinações constantes no mandado, pelo que manteve o funcionamento da unidade fabril.

Agora, um ano depois, a empresa é encerrada pela CCDRC com base numa ação de fiscalização realizada no dia 07 de março, quando foram efetuadas medições dos efluentes gasosos das duas fontes de emissão da empresa, dedicadas à produção de energia elétrica a partir da combustão de biomassa (bagaço de azeitona, estilha e resíduos florestais) em duas caldeiras.

"Nessa ação de inspeção verificou-se o incumprimento, por parte da empresa, dos valores limite de emissão aplicáveis aos poluentes, partículas, monóxido de carbono e compostos orgânicos", sustentam.

Segundo a CCDRC, a cessação da medida cautelar agora aplicada só poderá ocorrer após verificação de que a situação de perigo grave para o ambiente e qualidade do ar cessou.

 
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