Depois dos incêndios, é a chuva nas áreas ardidas que preocupa o país - TVI

Depois dos incêndios, é a chuva nas áreas ardidas que preocupa o país

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  • 19 out 2017, 12:22

Ministro do Planeamento e das Infraestruturas diz que é preciso trabalhar para "rapidamente tentar minimizar" as consequências das chuvas nas áreas ardidas

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, disse que as autoridades locais estão "alerta" e a trabalhar para "rapidamente tentar minimizar" as consequências das chuvas nas áreas ardidas, nomeadamente deslizamentos de terras.

Em Braga, no terceiro dia de encontros com os autarcas dos municípios afetados pelos incêndios do fim de semana, Pedro Marques explicou que os apoio aquelas zonas e populações "não pode estar orçamentado" ainda, mas garantiu que todos os instrumentos, “nomeadamente fundos comunitários" vão ser mobilizados.

"Os riscos [relacionados com a chuva] existem, não vale apenas ignorá-los, mas obviamente temos todos a responsabilidade - e os municípios em geral estão atentos - para os riscos dos deslizamentos de terras. Temos que estar todos a trabalhar muito rapidamente para tentar minimizar, tanto quanto possível, esses riscos. É uma questão real, que existe", admitiu o governante.

Segundo Pedro Marques, um dos pontos que os responsáveis das áreas afetadas têm "sinalizado" é a "importância de não começar a fazer um corte desordenado da madeira ardida porque, muitas vezes, é isso que está a reter os solos".

“A Proteção Civil, a própria Infraestruturas de Portugal, começa a fazer limpezas, consolidação dessa matéria ardida quando ela tem que ser feita", apontou.

Quanto ao levantamento dos danos materiais causados pelo fogo que assolou o norte e o centro do país no sábado e no domingo, o ministro voltou a apontar o prazo de "duas ou três semanas" para concluir aquela contabilidade mas, lembrou, que os "instrumentos" de apoio estão identificados.

"Não pode estar orçamentado [o total dos danos] se tivemos os fogos na semana passada e só agora estamos a fazer um levantamento do que está em causa. De qualquer modo, quanto aos instrumentos relativos à resiliência das zonas florestais, aos pontos de água, à questão dos caminhos florestais e à própria reflorestação, os instrumentos de apoio da parte do Estado são aqueles que estão contidos no Plano de Desenvolvimento Rural. E esses são instrumentos adequados e suficientes", garantiu Pedro Marques.

"Quando concluído o levantamento desta situação, havemos de mobilizar novamente os mesmos instrumentos, dos fundos comunitários para esse reflorestação e para essa resiliência das zonas florestais", concluiu.

Pedro Marques esteve reunido com os autarcas de Braga, Guimarães e Vieira do Minho, concelhos onde o fogo causou danos "essencialmente em áreas florestais e agrícolas".

Em Braga foram consumidos perto de 1.200 hectares, em Vieira do Minho 1.700 - incluindo na zona protegida da Serra da Cabreira - e em Guimarães 200 hectares, tendo sido ainda destruída uma habitação e duas empresas em Braga.

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