A investigadora Ana Rita Costa, do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) do Porto, foi distinguida com o prémio Pulido Valente Ciência 2008 pelos avanços conseguidos na investigação da doença de Alzheimer, anunciou esta segunda-feira aquela instituição, noticia a Lusa.
O prémio visa distinguir o melhor trabalho publicado na área das Ciências Biomédicas realizado num laboratório nacional por um investigador com menos de 35 anos.
Nesta edição, o júri foi unânime ao escolher a investigadora Ana Rita Costa, que trabalha no grupo de Neurobiologia Molecular do IBMC.
O estudo que valeu esta distinção fez a primeira abordagem à forma como uma proteína já estudada, a Transtirretina (TTR), degradava o péptido A-Beta 42, conjunto de fibras que se formam no cérebro em pacientes com a doença de Alzheimer.
«Neste trabalho ficou demonstrado que a TTR tem um efeito protector no cérebro. Da degradação do péptido A-Beta resultam fragmentos menos tóxicos de que o péptido intacto», explica um comunicado do IBMC.
A TTR é uma proteína largamente estudada no IBMC pelo seu envolvimento em patologias como a doença dos pézinhos.
«A TTR pode ser um agente terapêutico úti, avançou Ana Rita Costa, citada na mesma nota, sobre o impacto que a investigação poderá ter.
«Apostar na degradação de A-Beta representa uma forma alternativa de controlar a eliminação do péptido», acrescentou.
A doença de Alzheimer afecta 20 a 30 milhões de pessoas em todo o Mundo e prevê-se que este número triplique nos próximos 50 anos, o que reforça a importância deste estudo agora premiado.
Prémio Pulido Valente distingue descoberta sobre Alzheimer
- Redação
- HB
- 23 fev 2009, 20:08
Ana Rita Costa é investigadora do Instituto de Biologia Molecular e Celular do Porto
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