Viseu: grupo com paus invade escola - TVI

Viseu: grupo com paus invade escola

Escola básica 2/3 de Silgueiros foi invadida por homens e mulheres após uma rixa entre dois alunos

A escola básica 2/3 de Silgueiros, Viseu, foi esta quarta-feira invadida por alguns homens e mulheres armados de paus, na sequência de uma rixa entre dois alunos, disseram fontes da GNR e do estabelecimento de ensino.

O vice-presidente da escola básica de D. Luís Loureiro, Paulo França, contou à Agência Lusa que, «no intervalo das 11:50 às 12:00, dois alunos de etnia cigana de 15 anos, pertencentes a acampamentos rivais, envolveram-se numa pequena rixa».

Chegaram várias carrinhas

«Um deles acabou por cair e fazer um pequeno golpe na cabeça, mas que estava a deitar muito sangue. O irmão dele telefonou aos pais do telemóvel a dizer que ele estava muito mal e, cinco ou dez minutos depois, chegaram várias carrinhas», contou.

Segundo Paulo França, «eram para aí umas doze pessoas, que entraram pela escola dentro armadas com cinco bastões, um deles de ferro, e começaram a tentar encontrar o aluno ferido e o outro que o tinha agredido, dizendo que o iam matar».

«Ameaçaram professores e funcionários e acabaram mesmo por agredir com uma bofetada uma funcionária que os tentou impedir de entrar no edifício», lamentou.

Quando chegaram ao pé do aluno ferido, «viram que ele estava bem e a ser tratado por um funcionário que tem formação em primeiros socorros e as coisas serenaram, mas o mal já estava feito», acrescentou.

«Impotente para conter a invasão»

Paulo França disse que, «perante as ameaças aos alunos e a rapidez com que entraram na escola e praticamente a ocuparam», o conselho executivo se sentiu «impotente para conter a invasão» e chamou a GNR, que identificou os elementos do grupo.

O responsável admitiu ser «muito fácil entrar na escola», quer pelo portão, «que é grande e que também é usado pelos fornecedores», quer pela vedação.

270 alunos

«Já pedimos verbas para a vedação e o portão, mas como se trata de uma extensão muito grande, o argumento é sempre a falta de verbas», lamentou, avançando que, atendendo ao episódio de hoje, o conselho executivo vai voltar a fazer o pedido à Direcção Regional de Educação do Centro.

A escola básica 2/3 de Silgueiros, que é sede de agrupamento, é frequentada por cerca de 270 alunos, uma dúzia dos quais de etnia cigana.

«No primeiro ciclo já se tinham verificado problemas e houve até pais de etnia cigana que não colocaram os filhos em determinadas escolas. Mas aqui nunca tínhamos sentido a rivalidade desta forma», garantiu.

Fonte da GNR disse à Lusa que, «face ao que aconteceu hoje, haverá uma atenção acrescida» em relação aos locais de acampamento.
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