Câmara de Lisboa quer instalar sistema de deteção de matrículas - TVI

Câmara de Lisboa quer instalar sistema de deteção de matrículas

Rotunda do Marquês, em Lisboa (Manuel Almeida/Lusa)

Em causa a circulação automóvel nas Zonas de Emissão Reduzida

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A câmara de Lisboa quer instalar um sistema automático de deteção de matrículas anteriores a 1992 nas Zonas de Emissão Reduzida (ZER) para tornar mais eficaz a fiscalização aos veículos, disse esta quinta-feira o vereador da Mobilidade.

«É um sistema idêntico ao que existe nas ex-Scut (vias sem custos para o utilizador), sendo que as câmaras serão incluídas nos semáforos, em vez de se montarem pórticos, e verificam se as matrículas dos carros respeitam ou não as normas», adiantou Fernando Nunes da Silva.

O vereador falava à Lusa nas vésperas de se assinalar um ano da proibição de circulação de veículos anteriores a 1992 nas áreas delimitadas pela avenida de Ceuta, Eixo Norte-Sul, avenida das Forças Armadas e Avenida Estados Unidos da América, em Lisboa.

Estes veículos já estavam impedidos de circular entre a Baixa e a Avenida da Liberdade, desde julho de 2011. Entretanto, a autarquia alargou a restrição entre a Baixa e a Avenida da Liberdade aos veículos anteriores a 1996.

Para a aquisição e instalação desse sistema, a câmara está a aguardar a aprovação da Comissão Nacional de Proteção de Dados. O vereador espera ter tudo a funcionar a partir de 01 de julho.

Segundo Nunes da Silva, na base desta decisão está a «falta de meios da PSP» para assegurar a fiscalização dos veículos. «A fiscalização não tem sido minimamente eficaz», constatou o vereador, acrescentando que o comando metropolitano da PSP «não tem capacidade de resposta para uma área tão grande».

A fiscalização da zona entre a Baixa e a Avenida da Liberdade é assegurada pela Polícia Municipal, enquanto as restantes zonas são fiscalizadas pela PSP. Para exemplificar, indicou que no último trimestre de 2012, a PSP fez uma única contraordenação.

O vereador afastou ainda a possibilidade de as ZER serem alargadas a outras zonas da cidade enquanto o sistema de deteção de matrículas não estiver instalado.

A proibição de circulação dos veículos anteriores a 1992 nas ZER vigora nos dias úteis, das 07:00 às 21:00, e são admitidas exceções a veículos de emergência, especiais, pessoas com mobilidade reduzida ou moradores das zonas abrangidas.

O objetivo é melhorar a qualidade do ar e reduzir a poluição. A poluição ambiental na capital já motivou um processo contra Portugal no Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias.

Autarquia propõe ajudar taxistas a trocar carros antigos por elétricos

A câmara de Lisboa quer ajudar os taxistas a trocarem a frota mais antiga por carros elétricos e disponibiliza-se a financiar cada veículo novo, até um máximo de 20, em três mil euros, revelou o vereador da Mobilidade.

«A minha proposta, que irei apresentar à CML, considera um apoio de três mil euros por cada táxi antigo que seja substituído por um elétrico, até ao total de 10 veículos para cada uma associação de taxistas: ANTRAL e Federação Portuguesa do Táxi», indicou Fernando Nunes da Silva.

Na luta contra a poluição, a câmara introduziu as Zonas de Emissão Reduzida e, durante todo esse processo, que teve início em julho de 2011, os taxistas em Lisboa continuaram a circular em toda a cidade sem restrições por nunca terem conseguido meios para regularizar a sua situação, o que mereceu fortes críticas por parte de Nunes da Silva.

«O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) ainda não homologou as tabelas para a norma euro. E isto há mais de dois anos», frisou o vereador, indicando que 25% do tráfego da Baixa são táxis.

«E mais: o IMT não queria licenciar os carros elétricos para táxi porque não têm pneu sobresselente, mas um sistema que os permite andar 30 quilómetros com um furo. No entanto, licencia carros com mais de 20 anos porque já têm pneu sobressalente», acrescentou.
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