Crime no Citius? Relatório já seguiu para a PGR - TVI

Crime no Citius? Relatório já seguiu para a PGR

Paula Teixeira da Cruz [Foto: Lusa]

Documento terá concluído que existiram falhas nas chefias intermédias. Ministra, preocupada, enviou indícios para a investigação criminal e instaurou um inquérito interno

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O relatório feito pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça sobre os problemas no Citius foi enviado para a Procuradoria-Geral da República, noticia o jornal i. Em causa, estão falhas detetadas ao nível das chefias intermédias que terão omitido informações importantes durante todo o processo.

Segundo o jornal, por considerar as conclusões preocupantes, a ministra da Justiça enviou o relatório para a Procuradoria-Geral da República e mandou instaurar um inquérito interno de natureza disciplinar.
O jornal cita o despacho do secretário de estado da Justiça, que escreveu que as suspeitas, «a confirmarem-se [...] poderão configurar a prática de ilícitos de natureza disciplinar» ou «criminal».

Ainda segundo a mesma fonte, o IGFEJ terá apresentado dados que indiciam omissões por parte de mais que um profissional durante todo processo de adaptação da plataforma informática à nova organização judiciária. Rui Pereira, presidente do instituto, já tinha admitido a possibilidade de ter havido omissões. 

«Uma migração desta dimensão não é apenas um problema informático, é também uma questão de metodologia de organização de trabalho e de escolher um caminho», disse, sublinhando: «Na escolha desse caminho pode haver informação que é facultada e outra que não é facultada. Se nos é apresentado um quadro de normalidade, transmitimo-lo à senhora ministra. Foi o que aconteceu».

As falhas no sistema Citius aquando do arranque do novo Mapa Judiciário levaram a Justiça a um estado de caos, denunciaram muitos dos envolvidos diariamente no sistema judicial. Uma reportagem da TVI acompanhou o processo e mostrou que a implementação do novo mapa estava a decorrer com inúmeras falhas. 

A oposição e várias vozes na Justiça pediram explicações e culpados, tendo a ministra da Justiça recusado sempre uma demissão, alegando que «os culpados» iriam ser encontrados no inquérito instaurado. 
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