"Negociar o quê? Não há planeta B!" - TVI

"Negociar o quê? Não há planeta B!"

Cerca de 300 pessoas marcharam pela Justiça Climática em Lisboa, no último da cimeira sobre o clima, em Paris

Cerca de 300 pessoas concentraram-se este sábado na rotunda do Marquês de Pombal, em Lisboa, para participar na Marcha pela Justiça Climática, gritando palavras de ordem como "Negociar o quê? Não há planeta B!". Um protesto que visa marcar o último dia da cimeira sobre o clima, que tardou em chegar a um projeto de acordo, faltando ainda o texto final. 

Os manifestantes consideram insuficientes as medidas previstas nesse projeto de acordo - que pretende conter o aquecimento global a um valor abaixo dos dois graus Celsius e limitá-lo aos 1,5 - e, por isso desceram a avenida da Liberdade repetindo outras palavras de ordem como "Que paguem os de cima: Justiça no Clima!" e "Deixem o petróleo debaixo do solo".

Entre os manifestantes viam-se faixas de partidos políticos como o Bloco de Esquerda ("Muda o Sistema, Não o Clima") e o PAN, e de cartazes com girassóis de Os Verdes apelando para "Mais educação para o ambiente, menos CO2" e "Mais elétricos", "Mais comboios", "Mais ciclovias", "Mais energia solar" e, sempre menos CO2.

Além de cartazes com reivindicações e árvores recortadas em cartão, de associações e movimentos diversos, via-se também um homem equilibrando acima da cabeça dois enormes ramos de árvore, e também outro com a bicicleta pela mão e um letreiro nas costas onde se lia "Eu faço a minha parte".

A iniciativa decorreu em várias cidades de todo o mundo, entre as quais outras duas portuguesas: Porto e Faro.

Há duas semanas que em Paris estão reunidos representantes de 195 países mais a União Europeia para chegar a um acordo que reduza as emissões de gases com efeito de estufa para conseguir limitar o aumento da temperatura do planeta e evitar fenómenos extremos, como ondas de calor, secas, cheias e subida do nível do mar.

O encerramento da conferência estava previsto para sexta-feira, mas foi necessário prolongar as negociações para hoje, já que não havia ainda consenso acerca do texto de acordo.

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