Carmona  estranha abandono de Júdice - TVI

Carmona estranha abandono de Júdice

Júdice lamenta decisão do Governo

«Não foi dada justificação ainda. Não sei as razões, mas não deixa de ser um bocado estranho»

Relacionados
O vereador na Câmara de Lisboa António Carmona Rodrigues estranhou o abandono de José Miguel Júdice da Sociedade Frente Tejo ainda antes de tomar posse, esperando uma explicação sobre uma decisão que lhe parece precoce, noticia a Lusa.

«Não foi dada justificação ainda. Não sei as razões, mas não deixa de ser um bocado estranho», disse Carmona Rodrigues à agência Lusa, acrescentando que fica «a sensação que há alguma disputa entre o Governo e a câmara».

Carmona afirmou ainda que nunca compreendeu a razão pela qual a Câmara Municipal de Lisboa (CML) ficou fora daquela empresa, considerando que a falta de capital invocada pelo executivo municipal «não colhe».

«A entrada no capital da sociedade tanto pode ser feita em dinheiro como em activos e pode sair a qualquer momento», afirmou.

Carmona Rodrigues recordou ainda o diploma sobre as áreas portuárias que foi enviado pelo Governo ao Presidente da República, Cavaco Silva, e que depois foi devolvido, acabando por ser promulgado "depois de alterado, sem se saber ainda muito bem o que é", bem como a apresentação do Plano de Alcântara, sem a presença da câmara, para justificar a ideia de que há um diferendo entre a autarquia e o Executivo liderado por José Sócrates.

Carmona Rodrigues questionou também como é que, passados meses de ideias lançadas, ainda não foi criada a empresa para a reabilitação da frente ribeirinha, tendo o Governo um programa chamado «Simplex».

Sublinhando que desconhece as razões do advogado, o vereador arrisca que a decisão poderá estar relacionada com "o sentir do arrastar do tempo" que o processo está a levar, quando se aponta a data de 2010 para ter trabalho feito, a tempo das comemorações do centenário da Implantação da República.

«Se calhar começou a ver que não conseguia cumprir», avançou Carmona Rodrigues, para quem é notório «algum desalinho entre a câmara e o Governo». «Os lisboetas, em primeiro lugar, mereciam um esclarecimento sobre isto», referiu.
Continue a ler esta notícia

Relacionados

Mais Vistos

EM DESTAQUE