Lixo: greve em Lisboa com adesão superior 95 por cento - TVI

Lixo: greve em Lisboa com adesão superior 95 por cento

Greve: lixo acumula-se nos contentores em dia de greve da Função Pública

Dos 91 circuitos nocturnos só dois se vão realizar

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Apenas dois dos 91 circuitos de recolha de lixo vão realizar-se esta noite em Lisboa, segundo fonte sindical, que aponta uma adesão superior a 95 por cento à greve na limpeza urbana, que decorre até quinta-feira, noticia a Lusa.

Dos 119 funcionários que deveriam ter entrado ao serviço no turno da noite, que começou às 22h30, apenas cinco compareceram ao trabalho, correspondendo a «serviços mínimos», disse à agência Lusa Joaquim Jorge, do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML).

O dirigente sindical refere que a adesão dos funcionários à paralisação convocada até à próxima quinta-feira era, no período da noite, em que trabalham mais pessoas, «superior a 95 por cento».

Já esta segunda-feira de manhã a adesão situou-se nos 90 por cento, de acordo com o sindicato, números diferentes dos apontados a meio da tarde pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), António Costa: 55,6 por cento.

Greve «extemporânea»

Em declarações aos jornalistas, Costa reiterou que a greve dos trabalhadores da higiene urbana do município é «extemporânea» porque, segundo garantiu, não está em causa a privatização dos serviços.

O protesto destes trabalhadores municipais visa contestar a alegada intenção de privatizar os serviços de recolha de lixo e limpeza das ruas em algumas zonas, e ainda reclamar a contratação de 200 cantoneiros e a aquisição ou reparação de meios materiais e equipamentos.

«O serviço público de limpeza deve manter-se na CML», defendeu António Costa esta tarde.

O presidente da Câmara de Lisboa assegurou que apenas foi encomendado um estudo sobre a viabilidade de, durante um determinado período de tempo, se adjudicar a limpeza e varredura das ruas da cidade a uma entidade externa, sem abranger a recolha de lixo.

«Não vejo como se justifica esta greve que vai deixar a cidade sem recolha de lixo praticamente durante 5 dias», disse, lembrando que a greve se segue a um dia de descanso (domingo).

Em declarações à Lusa, Joaquim Jorge disse que o sindicato «está sempre disponível para reunir-se com o presidente da Câmara de Lisboa», afirmando aguardar um aviso nesse sentido de António Costa.

A greve abrange entre 2.000 a 2.500 trabalhadores do Departamento de Higiene Urbana e Resíduos Sólidos da Câmara Municipal de Lisboa, incluindo cantoneiros, motoristas e pessoal administrativo e técnico.
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