Gripe A: externato vai estar fechado duas semanas - TVI

Gripe A: externato vai estar fechado duas semanas

Secretário de Estado de Saúde confirma que quatro crianças foram contaminadas por uma outra

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NOTÍCIA ACTUALIZADA

Confirmação oficial. O externato das Pedralvas, em Lisboa, vai estar encerrado durante duas semanas devido à sucessão de casos confirmados de Gripe A. A informação foi avançada em conferência de imprensa pelo secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro. Entretanto, uma creche nos Açores também foi encerrado.

Gripe A: novo caso leva a encerramento de creche

«Numa escola da cidade de Lisboa foram diagnosticados cinco casos da nova Gripe A. Um dos casos é uma criança de dois anos, regressada do México. Os restantes casos, de transmissão secundária, são dois meninos de dois anos, uma menina de dois e outra de quatro anos. As crianças estão clinicamente bem e por indicação da equipa médica do Hospital D. Estefânia, em Lisboa, estão a fazer tratamento em casa», informa, acrescentando que «nenhuma das crianças está internada», pelo que estão a ser «acompanhadas em casa».

Gripe A: externato de Lisboa encerrado

A situação requer uma reacção rápida: «Face a este número de casos e com o objectivo de conter a propagação do vírus A H1N1 o Ministério da Saúde decidiu encerrar a escola pelo período de duas semanas conforme tem sido prática noutros países. Os pais foram contactados telefonicamente para irem buscar as crianças. No local, uma equipa de médicos e enfermeiros está a prestar toda a informação adequada, a efectuar aconselhamento e a responder individualmente a todas as questões»,

«As crianças e os profissionais da escola farão tratamento preventivo com anti-viral (Oseltamivir). A primeira dose é administrada na escola ainda hoje. Durante estas duas semanas as crianças e os seus familiares serão acompanhados através de contacto diário por médicos da Direcção Geral de Saúde», frisou o secretário de Estado.

As restantes crianças serão acompanhadas nos próximos tempos para evitar que o contágio prossiga. «Há dois tipos de tratamento: o profiláctico, para perceber se já foram contaminadas: também haverá um contacto diário para perceber se se justificam medidas mais intensas».

Manuel Pizarro, aproveitou para deixar um aviso: «A situação que vivemos era previsível e faz parte da evolução natural de uma epidemia de gripe. Não há, por isso, qualquer razão para alarme, mas para uma atenção redobrada».

Dois dias infectada no colégio

Resta saber como foi possível uma criança ter passado o vírus para tantas outras. Manuel Pizarro explica: «A criança, quando regressou do México, vinha ainda no período de incubação da doença, só que não tinha sintomas, o que explica que tenha estado na escola ainda dois dias antes de ter tido os primeiros sintomas de gripe e de ter sido diagnosticada. Isso explicará o contacto próximo, porque trata-se de uma criança de dois anos e nessas idades as crianças têm particular proximidade física entre elas», frisou.

Nesta altura, as autoridades de saúde estão a tentar perceber se há outros casos na escola, o que «pode ocorrer», sabendo-se que o período de incubação é de «três a sete dias». Ainda assim, acredita-se que será possível «conter a propagação do vírus» num externato que tem cerca de 200 crianças.
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