Verdade inconveniente: Crato evita responder - TVI

Verdade inconveniente: Crato evita responder

Nuno Crato (Lusa)

Ministro diz que valor atribuído aos colégios já foi reduzido, mas não dá mais explicações. Fenprof pede investigação criminal

A reportagem da TVI denunciou o gasto de milhões de euros com colégios particulares que estão próximos de escolas públicas, e que são considerados desnecessários pelos diretores das escolas.

A Fenprof vai pedir uma investigação do Ministério Público sobre os temas denunciados na reportagem. Já o ministro da Educação, Nuno Crato, evitou responder às perguntas.

«Em 2010, o Estado subsidiava esse tipo de contratos em mais de 300 milhões de euros e neste momento estamos com uma soma que é inferior a 199 milhões de euros. Há de facto um esforço nosso para fazer com que haja uma maior eficiência, tanto da escola pública, como da escola privada que nós apoiamos», disse o ministro da Educação, que recusou responder a questões concretas, nomeadamente, onde estão as verbas para pagar estes valores.

No Parlamento, os partidos da oposição também reagiram à reportagem da TVI, no mesmo dia em que o Presidente da República promulgou o novo estatuto do ensino particular e cooperativo que alarga o princípio dos contratos de associação, como os que foram identificados na investigação da TVI.

PS, PCP e Bloco de Esquerda acusam o Governo de privatizar o ensino sem acautelar os bens públicos.
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