Reabilitação das linhas do Tâmega e Corgo prioritária - TVI

Reabilitação das linhas do Tâmega e Corgo prioritária

Linha de Comboio (Foto de Arquivo)

Posição defendida pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte

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O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Carlos Lage, defendeu esta quarta-feira que deve ser dada «prioridade» à reabilitação das linhas do Corgo e Tâmega, rejeitando rumores sobre o seu encerramento.

«A CCDRN entende ser de excluir liminarmente qualquer hipótese ou rumor de encerramento ou suspensão prolongada destas linhas históricas do Douro. Pelo contrário, entende que deve ser conferida prioridade à sua reabilitação», afirmou Lage, em declarações à Lusa.

O presidente da CCDRN reagia à decisão anunciada terça-feira à noite pela CP e REFER de encerrar provisoriamente, por razões de segurança, as linhas do Corgo e Tâmega.

O encerramento deve prolongar-se até que sejam realizadas intervenções, que deverão começar dentro de quatro meses.

Encerramento provisório «é um mal necessário»

Carlos Lage confirmou que a decisão «decorre de riscos de segurança que foram identificados» nas duas linhas ferroviárias, considerando que o seu encerramento provisório «é um mal necessário».

Nesse sentido, afirmou ser «prioritário o estabelecimento de um calendário das acções de execução de projectos de consolidação e reabilitação das linhas».

Nas declarações que prestou à Lusa, Carlos Lage destacou o «valor histórico, patrimonial e paisagístico inestimável da linha ferroviária do Corgo», que liga Vila Real a Peso da Régua através de zona classificada como Património da Humanidade.

Para o presidente da CCDRN, a preservação e animação desta linha constituem «um importante factor de desenvolvimento turístico e de conservação da memória colectiva, para além da função social de transporte de pessoas e bens que desempenha numa zona de acessos sinuosos».

Relativamente à linha do Tâmega, Carlos Lage recordou que se trata de uma ligação «histórica, de valor social e paisagístico assinalável».

«Seria, no mínimo irónico, que fosse encerrada uma linha que assinalou o seu centenário há quatro dias atrás com pompa e circunstância», frisou.
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