Tua: inquérito não aponta causas para o acidente - TVI

Tua: inquérito não aponta causas para o acidente

Acidente no Tua

Investigação não detectou problemas na linha nem no comboio que descarrilou

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Artigo actualizado às 16h19

O relatório preliminar do inquérito ao acidente com um comboio da Linha do Tua afasta a existência de qualquer problema com a automotora e com a linha, avançava o jornal Público esta quarta-feira de manhã. Já ao início da tarde, o Ministério das Obras Públicas enviou um comunicado aos órgãos de comunicação confirmando a informação do jornal diário. «O relatório preliminar, elaborado num curto espaço de tempo, não permitiu ainda determinar as causas que originaram o descarrilamento», lê-se no documento.

De acordo com a notícia do Público a equipa de investigação, que integrava elementos do Instituto da Mobilidade, do Metro de Mirandela (responsável pela exploração da linha), da CP (a proprietárias das automotoras) e da Refer (a quem cabe fazer a manutenção da via), não encontrou qualquer causa para o acidente. Todas as entidades garantiram que não havia problemas na parte que dizia respeito a cada uma delas.

Recorrer a todos os meios e apoios

Segundo o comunicado do Ministério das Obras Públicas, e perante o resultado «inconclusivo» da investigação preliminar, o ministro Mário Lino determinou que a Comissão Técnica de Inquérito «recorra a todos os meios e apoios especializados para que, no prazo de trinta dias, apresente um relatório final conclusivo».

Mário Lino determinou ainda que «sem prejuízo de outras consultas, deverá ser solicitada a intervenção especializada do departamento competente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, nomeadamente para a avaliação do estado da via férrea de acordo com os padrões de segurança exigíveis e a adequação do material circulante às condições físicas da via».

Disco de velocidade

A chave da investigação poderá estar, segundo o jornal Público, no disco que mede a velocidade da automotora, que foi recolhido pela GNR. Contudo, os militares recusaram-se a entrega-lo à equipa de investigação, afirmando que apenas o entregam ao Ministério Público.

O jornal adianta que uma possível explicação para o acidente pode estar na abertura de uma vala que a Refer fez junto à linha para a instalação de um cabo de fibra óptica. Junto ao local onde a automotora descarrilou, eram visíveis os sinais de obras recentes efectuadas mesmo por debaixo da plataforma.

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