Responsável diz que Linhas do Corgo e do Tamega não fecham

O chefe da Estrutura de Missão do Douro, Ricardo Magalhães, disse esta quarta-feira «compreender» o encerramento provisório das linhas do Corgo e do Tâmega por razões de segurança, mas rejeitou liminarmente a possibilidade de serem definitivamente fechadas, refere a Lusa

«Estas linhas são peças-chave que fazem do Douro um destino turístico prioritário», afirmou Ricardo Magalhães, defendendo que «a linha do Douro não pode ser desligada dos seus ramais, tal como o Douro não pode ser desligado dos seus afluentes».

Por outro lado, defendeu que estas linhas ferroviárias «são factores de coesão territorial», frisando que este é um aspecto «especialmente importante numa área de baixa densidade populacional e de mobilidade reduzida». Salientou ainda que «estas linhas são um factor importante de inclusão social».

Ricardo Magalhães reagia à decisão anunciada terça-feira à noite pela CP e REFER de encerrar provisoriamente, por razões de segurança, as linhas do Corgo e Tâmega. O encerramento deve prolongar-se até que sejam realizadas intervenções, que deverão começar dentro de quatro meses.

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Ricardo Magalhães afirmou «compreender» a necessidade de se assegurar a segurança na circulação nestas linhas, mas afastou «qualquer outro cenário».

«Não me passa pela cabeça que esta decisão possa indiciar outra coisa além da requalificação das duas linhas», frisou, salientando que elas «fazem parte da identidade de um espaço classificado como Património da Humanidade».

Nesse sentido, defendeu que «é preciso conhecer o calendário dos trabalhos, para sabermos quais as acções a realizar e quando as linhas serão reabertas».