Lojas chinesas: ASAE apreendeu 400 toneladas de alimentos - TVI

Lojas chinesas: ASAE apreendeu 400 toneladas de alimentos

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Por suspeita de se encontrarem estragados ou «por falta de requisitos». Sete pessoas foram detidas

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A Autoridade de Segurança Alimentar apreendeu mais de 400.000 quilos de alimentos em mau estado e deteve sete responsáveis por armazéns com toneladas de produtos alimentares estragados, numa operação a nível nacional que terminou esta sexta-feira.

Na primeira fase da acção, que começou a 17 de Outubro e terminou na semana passada, os inspectores da ASAE apreenderam 414.400 quilos de alimentos avaliados em 1.279 mil euros, por suspeita de se encontrarem estragados ou «por falta de requisitos».

Sem especificar os valores apreendidos esta semana na segunda fase da operação, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) avançou apenas que foram detidas seis pessoas por «abate clandestino, contrafacção de produtos e géneros alimentícios corruptos e avariados».

Durante a segunda fase foram fiscalizados 515 estabelecimentos, tendo sido suspensa a actividade em 17.

No total, as inspecções terminaram na detenção de sete pessoas que, segundo explicou à Lusa o presidente da ASAE, António Nunes, eram «responsáveis por armazéns com toneladas de produtos alimentares estragados». Os responsáveis «foram detidos e presentes a tribunal».

Durante a operação de fiscalização ao comércio e armazenagem de produtos de origem oriental que hoje terminou, a ASAE visitou 575 estabelecimentos comerciais e controlou mais de 60,6 milhões de euros em produtos. No total foram apreendidos pouco mais de 2,6 milhões de euros em mercadorias, ou seja, cerca de quatro por cento do total do valor dos produtos fiscalizados.

A segunda fase da operação contou com a colaboração de inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e Direcção Geral de Contribuição e Impostos (DGCI).

Durante este ano, a ASAE inspeccionou 1.035 agentes económicos que comercializavam produtos orientais, tendo suspenso a actividade de 22 estabelecimentos, instaurado 119 processos crime e 278 processos de contra ordenação.

Nas 521 infracções detectadas ao longo deste ano, a ASAE ainda deteve nove pessoas.

ASAE garante que produtos de lojas orientais são cada vez mais seguros



Os riscos de comprar em lojas de produtos orientais são cada vez menores, segundo a Autoridade de Segurança Alimentar. Preocupada com a aproximação do Natal e consequente aumento da procura de lojas de produtos orientais, a ASAE decidiu desencadear uma mega operação em todo o país para fiscalizar este comércio e «garantir a segurança dos consumidores».

Mas existem produtos que continuam a preocupar os responsáveis da ASAE, como «os brinquedos e os enfeites de natal que podem ser perigosos para a saúde pública, por não cumprirem um conjunto de regras», alertou o presidente da ASAE, António Nunes.

Nos seis anos de existência, aquela polícia fiscalizou «mais de 260 mil operadores económicos», independente do sector, e realizou «mais de dez mil análises por ano». Actualmente «a taxa de produtos a nível nacional que não estão bem ronda os dois por cento», explicou à Lusa António Nunes, concluindo que «hoje é seguro consumir produtos em Portugal» e o comércio oriental não é excepção.

Mas nem sempre foi assim: «Inicialmente, talvez por desconhecimento, estas lojas estavam na globalidade em situação ilegal ou irregular. Chegávamos a apreender todos os produtos. Hoje estes valores já não são significativos».

O presidente nota uma alteração no comportamento dos comerciantes, que tentam cumprir cada vez mais as regras, e acredita que as constantes acções de fiscalização desencadeadas pela ASAE podem ter ajudado a promover essa mudança.
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