Refugiados podem chegar a Portugal dentro de uma ou duas semanas - TVI

Refugiados podem chegar a Portugal dentro de uma ou duas semanas

O inverno dos refugiados

Terão direito a médico de família rapidamente e estarão isentos de taxas moderadoras

O primeiros refugiados poderão chegar a portugal na “próxima semana ou dentro de duas semanas", disse hoje fonte da Comissão Europeia à agência Lusa.

Sublinhando não haver ainda certezas sobre o calendário, a mesma fonte indicou “estarem a ser preparadas” as primeiras recolocações para Portugal, que, eventualmente, podem acontecer “na próxima semana ou dentro de duas semanas”.

Entretanto, a presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR), Teresa Tito de Morais, considerou inadmissível que as organizações nacionais estejam há dois meses à espera dos refugiados.

A decisão de Portugal acolher cerca de 4.500 pessoas, ao abrigo do Programa de Relocalização de Refugiados na União Europeia (UE), foi avançada em setembro passado e as organizações envolvidas neste processo criaram um plano de acolhimento, mas continuam ser saber a data da chegada do primeiro grupo.

Os refugiados que Portugal se prepara para receber vão ter médico de família no prazo de uma semana e estarão isentos do pagamento de taxas moderadoras, revelou à Lusa, esta quarta-feira, o diretor-geral da Saúde. 

Esta madrugada ocorreu a primeira recolocação de refugiados desde a Grécia, tendo um grupo de 30 refugiados sírios e iraquianos voado para Bruxelas e posteriormente sido transportado, de autocarro, para o Luxemburgo.

O primeiro voo de recolocação ocorreu a 09 de outubro quando 19 eritreus viajaram de Itália para Suécia.

Na semana passada, a Comissão Europeia previu que os próximos países a receber pessoas deverão ser França e Espanha.

Mais de 218 mil migrantes e refugiados atravessaram, em outubro, o Mediterrâneo para a Europa, o que representa um recorde mensal e quase o mesmo número de travessias registado em todo o ano passado, divulgou esta semana a ONU.

Numa entrevista ao jornal alemão Bild, o diretor executivo da Frontex, a agência de controlo de fronteiras europeia, afirmou que este ano registaram-se 800.000 “entradas ilegais” de migrantes na União Europeia.
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