Recorde-se que uma reportagem da TVI, emitida na passada semana, revelou que Portugal gasta milhões a comprar um bem escasso e desperdiça plasma português doado. Na altura, o Executivo afirmou que já tinha lançado concurso para que produto seja utilizado.
O requerimento para estas audições foi apresentado pelo PSD e pelo CDS, tendo sido aprovado por unanimidade.
Na base deste requerimento estão notícias recentes de que o plasma português, oriundo das dádivas benévolas de sangue, estaria a ser desperdiçado.
No passado dia 08 de junho, o presidente do IPST, Hélder Trindade, disse à Lusa que o plasma português vai começar a ser totalmente utilizado a partir do próximo ano, através de um programa que permitirá, pela primeira vez, a transformação deste produto em medicamentos.
Na altura, Hélder Trindade disse que este programa é “o corolário do trabalho que este instituto fez ao longo dos últimos anos” e que o mesmo se segue à inativação do plasma português para transfusões, que já é feita.
Faltava ainda o tratamento do plasma remanescente como matéria-prima para a produção de medicamentos derivados do plasma.
Para tal, foi lançado um concurso que está a correr, do qual deverá resultar uma empresa que irá fracionar o plasma, a começar pelos 30 mil litros que o IPST tem colhidos e conservados.
Em 2013, Portugal gastou 39.740.469 euros na aquisição de derivados do plasma (imunoglobulina, fator VIII, albumina, fator IX, fator von Willebrand).