Quantos emigrantes tem Portugal? - TVI

Quantos emigrantes tem Portugal?

  • Portugal Diário
  • 7 mar 2008, 18:56
Concentração de emigrantes contra o encerramento de quatro consulados em França - MIGUEL A. LOPES / LUSA

Há 1 049 500 de portugueses a viver fora. É das maiores comunidades emigrantes do mundo

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Portugal tem a sétima maior comunidade de emigrantes no mundo, revelou, com base em dados estatísticos nacionais e internacionais, fonte dos assuntos consulares e das comunidades do Estado português.

No âmbito do «Colóquio sobre as políticas para a juventude, cultura e associativismo nas comunidades portuguesas», foram apresentados, esta sexta-feira na Universidade Lusófona, dados estatísticos das comunidades portuguesas, com base em dados públicos do Instituto Nacional de Estatística (FNE), da Organização da Cooperação para o Desenvolvimento Económico (OCDE) e das Nações Unidas.

Segundo Ana Cristina Ribeiro, da Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas, dados da OCDE publicados em 2007, evidenciam Espanha e Suíça como os maiores destinos de emigração portuguesa nos últimos anos.

«Com 1 049 500 emigrantes portugueses no mundo, Portugal possui a sétima maior comunidade do mundo», afirmou Ana Cristina Ribeiro, da Direcção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas, durante a apresentação de dados estatísticos das comunidades portuguesas, na Universidade Lusófona.

O México, o Reino Unido e a Turquia ocupam os primeiros lugares.

Ana Cristina Ribeiro refere que «a comunidade portuguesa representa 13,1 por cento da população do país» e evidencia que «não há como negar a saída cada vez maior de portugueses para o estrangeiro», o que reflecte também a livre circulação entre as fronteiras da União Europeia.

Quanto aos países de destino, os dados entre 2003 e 2006 revelam um aumento significativo de emigrantes portugueses a deslocarem-se para a Suíça e para a Espanha.

A França, o Reino Unido e o Luxemburgo são outros destinos frequentes da emigração portuguesa.

Prevê-se a criação do Observatório da Emigração, com vista a revelar dados estatísticos sobre as comunidades portuguesas no estrangeiro, congregando entidades estatais, que produzem estudos estatísticos, e académicos para a realização do projecto, informou Paulo Amaral, do gabinete da Secretário de Estado das Comunidades, presente no Colóquio.

Face ao número de emigrantes portugueses no mundo, a directora do Gabinete de Relações Culturais e Internacionais do Ministério da Cultura, Patrícia Salvação Barreto, também presente no Colóquio, afirmou que «as comunidades lusófonas são a maior rede diplomática que o país tem no estrangeiro».

«Estas comunidades projectam o que é ser português, no quotidiano, ao mostrarem de modo singular a capacidade de adaptação às realidades, por vezes diferentes das que encontrariam em Portugal», adiantou.

A directora do gabinete de Relações Culturais e Internacionais acredita que estas comunidades complementam e até substituem o corpo diplomático, no caso de esta participação oficial não existir no país.

Patrícia Salvação Barreto acentuou que, de acordo com o trabalho desenvolvido do Ministério da Cultura, é necessário difundir a criação dos autores portugueses no mundo, mas também promover o diálogo intercultural.

«Da mesma forma que é essencial integrar de forma pacífica os imigrantes que vivem em Portugal, também os vários estados (no estrangeiro) onde residem portugueses devem fazê-lo do mesmo modo», afirmou.

No que diz respeito aos luso-descendentes, a directora lançou a ideia de criar um portal, com base numa parceria entre entidades institucionais e a rede das comunidades portuguesas, onde ambos pudessem dialogar e estabelecer planos de acção.

Desta forma a directora pretende aproximar os luso-descendentes a Portugal e melhorar o diálogo entre os portugueses e os seus representantes.
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