Concentração em Lisboa defende o "Oxi" no referendo da Grécia - TVI

Concentração em Lisboa defende o "Oxi" no referendo da Grécia

Na véspera do referendo na Grécia, centenas de pessoas reuniram-se em Lisboa com cartazes a favor do "Não"

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Algumas centenas de pessoas estiveram este sábado, ao final da tarde, concentradas numa manifestação em Lisboa em defesa do “Oxi” (Não) no referendo de domingo na Grécia, reclamando uma Europa solidária para com Atenas. A manifestação contou com várias caras conhecidas como as deputadas do BE Catarina Martins e Mariana Mortágua e a atriz Maria do Céu Guerra.

Os manifestantes começaram a concentrar-se cerca das 18:30 no Príncipe Real e alguns minutos depois deslocaram-se para o largo Jean Monnet, onde se situa o edifício da Comissão Europeia em Lisboa, num percurso inferior a um quilómetro.

Isabel Pires, uma das presentes, disse à agência Lusa que "todos os povos" que "dependem" da União Europeia "estão a sofrer da mesma maneira", e o referendo de domingo na Grécia deve ser encarado como um "gesto de coragem" do governo e do povo grego.

A Grécia vota no domingo em referendo as propostas apresentadas pelos credores internacionais - FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu - em troca de ajuda financeira.

Cartazes pedindo o "Oxi" no referendo foram uma constante na manifestação desta tarde, ao lado de bandeiras da Grécia e palavras de ordem contra as instituições, como o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Outro dos manifestantes, Manuel Morais, sublinha que os portugueses não vão votar no referendo mas o mesmo "influi sobre Portugal” e os seus cidadãos.

O governo grego, acredita, "está a honrar o seu compromisso", e a Europa "está mal", devendo ser retomadas as negociações entre Atenas e os credores.

"Em causa está o princípio democrático de todo um país e uma espécie de federação muito mal pensada (...) que está a confundir zona euro com Europa", vincou por sua vez Bruno Schiappa à reportagem da Lusa.


Já Fátima Gil, na casa dos 20 anos, quis estar na concentração de hoje porque "a vida de milhões de pessoas reféns da 'troika' e do terrorismo financeiro está em causa".

"Na Grécia, 60% dos desempregados são jovens", lembrou, traçando paralelismos com o desemprego jovem em Portugal.


Os manifestantes chegaram cerca das 20:00 ao edifício da Comissão Europeia em Lisboa, fechando a jornada de luta depois da intervenção de alguns cidadãos.
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