«El Solitário» apanha três meses e meio por injúrias - TVI

«El Solitário» apanha três meses e meio por injúrias

Jaime Jimenez Arbe, conhecido como «O solitário»

Em causa uma acusação de injúrias a guardas prisionais

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O espanhol Jaime Giménez Arbe, mais conhecido por «El Solitário», foi condenado esta sexta-feira a três meses e 15 dias de prisão, por injúria agravada a guardas prisionais, nas Varas Criminais de Lisboa.

Nas alegações finais, o Ministério Público pediu a condenação do arguido, considerando que as expressões injuriosas foram «provadas inteiramente» em tribunal.

Já a advogada de Jaime Giménez Arbe, Lígia Borbinha, pediu a absolvição do seu constituinte, adiantando que tem sido montada uma campanha para fazer crer que «El Solitário» é uma pessoa violenta.

«Ele não é violento. Tem apenas lutado pelos seus direitos, denunciando várias violações» no Estabelecimento Prisional de Monsanto (EPM), referiu, observando que têm sido realizados determinados procedimentos não permitidos pelo regulamento interno da prisão, tais como a revista por apalpação e o desnudamento.

Durante o julgamento, Jaime Giménez Arbe disse que o EPM «é uma prisão onde não são respeitados os direitos humanos» e que tem sido alvo de perseguições, maus-tratos e isolamento «sem motivo» desde que decidiu denunciar a situação.

O cidadão espanhol, anteriormente condenado pelo Tribunal da Figueira da Foz a sete anos e meio de prisão pelos crimes de roubo agravado na forma tentada e detenção de armas proibidas, entre outros ilícitos, responde desta vez em julgamento, em Lisboa, por dois crimes de injúria agravada alegadamente cometidos contra dois guardas prisionais do EPM.

Entre as testemunhas de defesa apresentadas em julgamento por «El Solitario» figura Marcus Fernandes, recluso do EPM que foi condenado pela morte de dois polícias na Amadora.



Jaime Giménez Arbe foi também condenado a 47 anos de prisão em Espanha pelo homicídio de dois guardas-civis.
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