Gripe A: Pais querem adiar aulas «em algumas escolas» - TVI

Gripe A: Pais querem adiar aulas «em algumas escolas»

Há estabelecimentos que não têm condições para fazer face à propagação do vírus, diz a Confap. Aí, o início do ano lectivo deve mesmo ser adiado

Relacionados
A Confederação Nacional de Pais (CONFAP) reitera a necessidade de adiar o início do ano lectivo «nas escolas que não reúnam condições para cumprir com rigor as normas da Direcção Geral de Saúde (DGS)». Em declarações ao tvi24.pt, Albino Almeida, presidente da Confap lembra que há escolas que nem têm casas de banho em número suficiente para responder às necessidades de todos os alunos em situações normais, muito menos em situações de pandemia.

«É amplamente denunciado na Comunicação Social casos de escolas em que os alunos até têm de levar papel higiénico de casa e que não têm água. Ora se a DGS recomenda que se utilize pelo menos 20 segundos para lavar as mãos, as escolas que não têm água ou dispensadores de sabão não vão poder cumprir com rigor essas medidas. Rigor que a própria ministra da Saúde pede», lembrou Albino Almeida.

Gripe A: colégios devem seguir instruções da Saúde

Assim a Confap pede que todas as escolas tenham pelo menos dispensadores de sabão em números suficientes e toalhas, «para que os alunos possam lavar as mãos como recomenda a DGS». «Nas escolas em que isso não se verificar, e só nessas escolas, a abertura do ano lectivo deve ser adiada até que estejam reunidas as condições», defendeu Albino Almeida, ao tvi24.pt.

Adiar não é solução, diz Ministra

Esta quarta-feira, a ministra da Saúde, Ana Jorge, afirmou que a solução para evitar a propagação do novo vírus nas escolas não passa pelo adiamento do início das aulas. A ministra defendeu antes que cada escola se deve organizar para responder a eventuais casos. «Todas as escolas têm de saber o que é que fazem, temos de proteger, não só os alunos, mas também os professores e os outros profissionais», disse a ministra ao jornalistas, à margem da cerimónia de comemoração dos 30 anos do Serviço Nacional de Saúde.

«A solução não é atrasar o início do ano escolar», sublinhou a ministra, lembrando que são, isso sim, necessárias «regras de higiene muito rígidas».

«O problema da pandemia vai começar a aparecer progressivamente e não vai durar só no início do ano lectivo, vai prolongar-se por vários períodos e algumas escolas poderão ser abrangidas. Vamos ter de conter a doença e evitar o contágio entre os alunos», alertou a ministra.



Confap apela à responsabilidade dos pais

Esta quarta-feira, foi noticiado mais um caso de uma criança doente numa escola de Mem Martins, no concelho de Sintra. A Confap apela à responsabilização dos pais e lança um apelo: «quando se desloquem em férias para países de risco, as pessoas devem rastrear-se e rastrear os filhos, para não porem em risco outras famílias.
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE