Homem mordido por víbora está internado nos cuidados intensivos - TVI

Homem mordido por víbora está internado nos cuidados intensivos

  • António Pereira Gonçalves
  • com Lusa
  • 21 abr 2021, 17:52
Bombeiros

Um homem de 60 anos residente no concelho de Constância foi mordido no braço por uma víbora cornuda

Um homem de 60 anos residente em Santa Margarida da Coutada, no concelho de Constância, foi mordido no braço por uma víbora cornuda, encontrando-se neste momento internados nos Cuidados Intensivos do Hospital de Abrantes.

O acidente aconteceu na terça-feira à tarde quando o homem estava a trabalhar no jardim. Como estava com muitas dores, chamou os bombeiros que o levaram para o hospital.

A víbora cornuda é uma espécie venenosa que habita em vários locais da Península Ibérica e que está em vias de extinção. Normalmente só ataca quando se sente ameaçada.

A víbora foi morta no local e os bombeiros avisaram Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), da GNR.

Em declarações à Lusa, o comandante dos bombeiros voluntários de Constância (Santarém), Marco Gomes, adiantou que na terça-feira foi dado um alerta de socorro para um homem que "andava a arrancar ervas e a cuidar do jardim" quando foi mordido por uma cobra num braço.

O homem, acrescentou Marco Gomes, foi transportado ao Hospital de Abrantes, "com muitas dores e grande inchaço", para acompanhamento médico e vigilância previsível de 72 horas.

Ainda segundo o comandante dos bombeiros voluntários de Constância, após análise da espécie e registo fotográfico de cobra, abatida no local, e depois de chamado o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana (GNR), "chegou-se à conclusão que era uma víbora-cornuda, uma espécie não muito habitual na zona, sendo o seu ‘habitat’ em serras e zonas mais rochosas e que habitualmente não ataca se não se sentir ameaçada".

O homem, ao estar a arrancar as ervas no jardim de sua casa, deve ter tocado na cobra e esta atacou, sentindo-se ameaçada", disse, acrescentando que se tratava de um ‘exemplar juvenil’, com cerca de 15 centímetros.

Marco Gomes adiantou ainda que “as víboras cornudas têm em média 50 centímetros na idade adulta” e que nunca tinha acontecido um caso de mordidela com estas cobras na zona.

O comandante dos bombeiros voluntários alertou, por isso, para a importância dos cuidados a ter aquando de uma mordidela deste género ou uma picadela de uma abelha, "situações que podem causar um choque anafilático" devido ao veneno tóxico na corrente sanguínea.

Quando acontece uma situação destas o melhor é a pessoa manter a calma, não se enervar e evitar mexer-se para não espalhar o veneno no corpo e ser imediatamente assistido, sendo que, excecionalmente, pode representar risco de vida, nomeadamente em crianças", notou.

A víbora-cornuda tem uma cabeça triangular com um apêndice na zona nasal, o que levou a serem denominadas por cornudas. Tem predominância em Portugal e Espanha e os efeitos da sua mordidela podem durar de um a três dias. A Organização Mundial de Saúde aconselha vigilância durante 72 horas após a ocorrência.

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