Problema informático deixa mais de dois mil utentes sem médicos - TVI

Problema informático deixa mais de dois mil utentes sem médicos

Médicos [Foto: Reuters]

Extensão de saúde de Santa Margarida, em Constância, foi hoje encerrada

Um problema informático levou hoje ao encerramento da extensão de saúde de Santa Margarida, em Constância, um problema ainda sem data de resolução e que afeta 2 543 utentes, informou a junta de freguesia.

Os dois médicos que prestam serviço em Santa Margarida estão desde hoje na extensão de saúde do Tramagal, freguesia vizinha situada já no concelho de Abrantes, e os utentes de Santa Margarida que necessitem de atendimento ou de consultas serão ali atendidos.

A distância entre as duas unidades de saúde é de cerca de sete quilómetros.

Num documento colocado à entrada da extensão de saúde de Santa Margarida podia ler-se, simplesmente, e a título de «informação», que «todas as consultas aos utentes desta extensão de saúde, a partir do dia 27 de outubro, serão feitas na extensão de saúde do Tramagal».

«Uma nota informativa que deixou a população apreensiva e preocupada», disse à agência Lusa o presidente da junta de freguesia de Santa Margarida, António Pinheiro.

«A informação que tenho é que não existe qualquer intenção de encerrar a extensão de saúde, trata-se de um problema informático no sistema, mas ficamos todos preocupados porque é parca a informação disponibilizada no comunicado do Agrupamento de Centros de Saúde e porque todos os dias ouvimos falar em cortes e em encerramentos», notou.

A agência Lusa contactou o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, tendo este confirmado o encerramento «temporário» da extensão de saúde daquela freguesia.

«Trata-se de um grave problema informático, de difícil resolução, e que impede o acesso aos ficheiros dos utentes, pelo que o serviço na extensão de saúde da freguesia de Santa Margarida passou hoje a ser executado no Tramagal até à resolução do problema», disse fonte do ACES, que não soube quantificar em termos temporais.

«A resolução do problema não depende de nós mas sim dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde», entidade responsável pela gestão e manutenção dos sistemas de informação do Ministério da Saúde. A Lusa contactou esta entidade mas não conseguiu obter resposta até ao final desta tarde.
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