Apanhado mais um contentor de tabaco que penaliza o Estado em 1,8 milhões - TVI

Apanhado mais um contentor de tabaco que penaliza o Estado em 1,8 milhões

Tabaco

Polícia Judiciária deteve dois indivíduos, na zona de Elvas. No contentor estavam cerca de dez milhões de cigarros. Ação de contrabando iria lesar o Estado português em 1,8 milhões de euros

Em mais uma operação de combate ao contrabando de tabaco, a Polícia Judiciária deteve duas pessoas e apreendeu 9 milhões, oitocentos e oitenta mil cigarros de contrabando transportados num contentor.

A operação foi levada a cabo por elementos da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público, através do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, visando o crime de contrabando qualificado.

Foram detidos dois homens, de 59 e 68 anos de idade, e apreendido um contentor de tabaco, com 9.880.000 cigarros das marcas Maywand e Mohawk.

No decurso da operação, que culminou na zona de Elvas, foi ainda apreendida uma viatura ligeira e 5 telemóveis.

O valor do prejuízo ao Estado correspondente ao imposto que não seria cobrado é estimado em cerca de 1 milhão e oitocentos mil euros (€ 1.800.000).

De acordo com o comunicado da Polícia Judiciária, a operação contou com a colaboração da Brigada de Trânsito da GNR de Estremoz.

As investigações prosseguem com vista à recolha de prova complementar relativa aos autores do crime.

Apanhada quadrilha internacional

Esta quarta-feira, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa também informou que a brigada de trânsito da GNR de Estremoz intercetou, na segunda-feira, um camião com destino a Espanha, que transportava 988 caixas de tabaco num contentor.

O contentor saiu da alfândega de Lisboa, dissimulado com documentação falsa, designando a mercadoria como peças de automóveis.

Na altura foram detidas duas pessoas suspeitas de terem lesado o Estado em perto de dois milhões de euros.

Segundo a Procuradoria, os arguidos faziam parte de uma organização de âmbito internacional, que lesava o Estado.

Dedicava-se, de forma regular e concertada, ao transporte e introdução em Portugal, assim como noutros países da União Europeia, de tabaco ilegal proveniente de países terceiros, sem o declarar às autoridades competentes, com elevadíssimos prejuízos para o Estado português e para as receitas tributárias", refere o comunicado. 

De acordo com a Procuradoria, este grupo internacional tinha estruturas para organização de transportes por via marítima, para o armazenamento da mercadoria no país. Conseguiam mesmo, o tratamento de questões administrativas de fabrico de documentação não correspondente à realidade da mercadoria transportada, de forma a fugirem ao pagamento dos impostos devidos. 

O tabaco transportado ilegalmente era sempre dissimulado com a denominada "mercadoria de cobertura", de forma a alcançarem os objetivos fraudulentos prosseguidos, de acordo com os dados da investigação.

Um dos arguidos ficou em regime de prisão preventiva e o outro com a obrigação de apresentações diárias no posto policial da área da residência. Ficaram ambos proibidos de contactar entre si.

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