Covid-19: as restrições na Área Metropolitana de Lisboa na terceira fase de desconfinamento - TVI

Covid-19: as restrições na Área Metropolitana de Lisboa na terceira fase de desconfinamento

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  • AG
  • 1 jun 2020, 08:51
Polícia Municipal

Surto está concentrado nas zonas em volta da capital

O Governo decidiu sexta-feira adiar na Área Metropolitana de Lisboa o levantamento de algumas restrições previstas na terceira fase de desconfinamento, impondo regras especiais sobretudo relacionadas com atividades que envolvem “grandes aglomerações de pessoas”.

Em conferência de imprensa no final da reunião semanal do executivo, o primeiro-ministro justificou a decisão com o facto de a evolução do número de casos na Área Metropolitana de Lisboa distinguir-se "significativamente" das restantes regiões do país.

Estas são as principais restrições e regras impostas na Área Metropolitana de Lisboa:

  • Reforço da vigilância epidemiológica, em particular em atividades que concentram “um elevado número de focos de infeção”: obras de construção civil e trabalho temporário.
  • Planos de realojamento de emergência para permitir "a separação de pessoas que estejam infetadas".
  • Ajuntamentos continuam limitados a 10 pessoas.
  • Veículos privados de transporte de passageiros com lotação máxima de dois terços dos passageiros e uso obrigatório de máscara.
  • Veículos com lotação superior a cinco pessoas apenas podem circular com dois terços da capacidade, salvo se todos os ocupantes integrarem o mesmo agregado familiar.
  • Até dia 4 de junho permanecem encerradas as áreas de consumo de comidas e bebidas (‘food-courts’) dos conjuntos comerciais. No mesmo dia será reavaliada a abertura de centros comerciais, que até lá se mantêm encerrados. As Câmaras Municipais avaliam a continuação da suspensão de funcionamento das lojas com área superior a 400m2 e realização de feiras

Recolha de lixo seletiva retomada

A recolha seletiva de resíduos porta a porta na cidade de Lisboa é retomada esta segunda-feira, mais de dois meses depois da interrupção devido à pandemia de covid-19, mantendo-se os dias determinados para lixo comum, papel e embalagens.

Já se pode voltar a separar o lixo, embalagens e papel nos diferentes caixotes dos prédios”, referiu a Câmara Municipal de Lisboa, informando que os dias de recolha voltam a ser os que existiam antes da pandemia.

Com a terceira fase do plano do Governo de desconfinamento, que se inicia hoje com o levantamento de algumas restrições impostas, o município de Lisboa afirmou que “já é possível reiniciar todos os circuitos” de recolha de resíduos, inclusive a retoma da recolha seletiva porta a porta.

No contexto da Covid-19, seguindo as indicações das autoridades de saúde e ambientais, as equipas da higiene urbana da Câmara Municipal de Lisboa passaram a trabalhar de forma desfasada, “uma medida para defender a saúde dos trabalhadores e, ao mesmo tempo, garantir que um serviço essencial à população tinha condições para continuar a funcionar independentemente da evolução da pandemia”.

Com a retoma da recolha seletiva de resíduos porta a porta na capital, a autarquia sublinhou que “a cidade continua comprometida com as metas ambientais definidas para o aumento da reciclagem em Portugal, onde Lisboa tem de longe as taxas mais elevadas de todo o país, e com as medidas de descarbonização que mereceram a Lisboa a distinção de Capital Verde Europeia 2020”.

A decisão de suspensão da recolha porta a porta de papel e plástico foi anunciada em 20 de março pelo município, que informava que passariam apenas a ser recolhidos os resíduos indiferenciados três vezes por semana, de modo a "garantir a proteção da saúde pública e dos trabalhadores envolvidos nas operações de recolha e tratamento de resíduos e, em simultâneo, controlar os fatores de disseminação da doença e contágio por Covid-19".

Na terça-feira, o vereador responsável pelo pelouro da Higiene Urbana, Carlos Castro, disse que o município iria retomar a esta recolha seletiva a partir desta segunda-feira, com a recolha de lixo indiferenciado a realizar-se três vezes por semana.

Não terminámos com a recolha seletiva, apenas por uma questão de precaução tivemos de fazer esta paragem na recolha porta a porta", reforçou Carlos Castro.

Durante o período em que a recolha seletiva de resíduos porta a porta foi interrompida, a Câmara de Lisboa manteve a recolha de resíduos para reciclagem nos ecopontos e eco-ilhas.

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