Covid-19: DGS adianta que o pico da pandemia não será antes de maio - TVI

Covid-19: DGS adianta que o pico da pandemia não será antes de maio

  • Rafaela Laja
  • 27 mar 2020, 13:14

A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, explicou que o pico não será um momento instantâneo no tempo, mas um planalto de algumas semanas

A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, disse esta sexta-feira que, de acordo com os dados, tudo indica que o pico da pandemia de Covid-19 não se registará antes do mês de maio.

Apesar de tudo, há uma tendência para termos retardado um bocadinho a velocidade com que a curva está a subir", disse Graça Freitas.

Graça Freitas explicou que, à medida que retardamos a subida da curva, o pico vai diferindo no tempo "para mais adiante". No entanto, referiu que estas informações "são previsões" e que "vale o que vale".

Neste momento, tudo indica que o período será diferido para mais tarde, nunca antes do mês de maio. Também já temos a indicação dos nossos matemáticos, que o pico não será um momento instantâneo no tempo. Será um planalto de algumas semanas, até porque nós já sabemos que esta doença dura muito tempo. Não vamos chegar ao dia "x" e começamos logo a descer", adiantou a diretora-geral de Saúde.

Vítimas de violência vão ser testadas antes de entrarem em abrigos

O Governo anunciou hoje que está a tomar medidas para que as populações mais vulneráveis, como as vítimas de violência, sejam testadas antes de entrarem em instituições que as acolhem, como as casas de abrigo.

Infelizmente, o Covid-19 não protege estas vítimas, muitas vezes torna-as mais expostas, é preciso que continue a haver respostas sociais e para que isso aconteça, sem o aumento dos casos de infeção, estamos a tomar medidas para que seja possível a testagem de vítimas de violência antes da entrada em abrigos", afirmou o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.

Referindo-se aos mais vulneráveis, como as populações sem-abrigo, reclusos, doentes crónicos, vitimas de violência doméstica, o governante, que falava na habitual conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia em Portugal, explicou ainda as medidas já tomadas nas prisões.

No caso do sistema prisional, "houve suspensão precoce das visitas com chamadas telefónicas diárias de cinco minutos como compensação, suspensão de transferência de reclusos, isolamento em caso de entrada de novos reclusos, enfermarias de retaguarda" bem como outras medidas dos planos de contingência em colaboração entre o Ministério da Saúde, Ministério da Administração Interna e a Proteção Civil.

O secretário de Estado da Saúde disse ser também necessário garantir condições de segurança dos cuidadores, referindo que "importa intensificar testagem não só de profissionais de saúde como forças de segurança, profissionais que trabalhem em lares e de outras populações de risco".

A taxa de mortalidade do novo coronavírus em Portugal é de 1,7%, sendo que 80% vítimas têm mais de 70 anos, referiu António Lacerda Sales.

Portugal recebe 4,6 milhões de máscaras cirúrgicas e outros elementos de proteção

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, anunciou que Portugal recebeu na quinta-feira 4,6 milhões de máscaras cirúrgicas e outros elementos de proteção.

Sobre o número de testes, o secretário de Estado referiu que foram testadas, esta quinta-feira, cerca de 2.500 pessoas, para uma capacidade de testagem de 5.600.

O número de mortes por Covid-19 em Portugal subiu para 76, segundo o boletim divulgado esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

O total de casos confirmados é agora de 4.268, mais 724 que no último boletim.

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