Covid-19: Linha SNS24 passa a atender utentes surdos por videochamada - TVI

Covid-19: Linha SNS24 passa a atender utentes surdos por videochamada

Graça Freitas e António Lacerda Sales

A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Ministério da Saúde fizeram esta segunda-feira a atualização da situação de Covid-19 em Portugal

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, disse esta quarta-feira em conferência de imprensa conjunta entre a DGS e o Ministério da Saúde, que a Linha SNS24 está apta para atender utentes surdos através de videochamada.

De acordo com António Lacerda Sales, a Linha SNS24 contará com seis interpretes de língua gestual portuguesa, que farão a correspondência entre o enfermeiro e o utente. Esta funcionalidade permite às pessoas surdas acederem ao serviço de triagem, aconselhamento e encaminhamento do SNS 24, para obterem as orientações adequadas ao seu problema de saúde não emergente.

O atendimento apto para surdos está disponível através do site do SNS24, 24 horas por dia, sete dias por semana, e estão disponíveis duas funcionalidades distintas: 

  • Videochamada em língua gestual portuguesa, onde o intérprete de língua gestual portuguesa garante a comunicação entre os profissionais do SNS 24 e os cidadãos surdos em contexto de atendimento à distância.
  • Chat, onde a pessoa surda contacta os profissionais do SNS 24, através de texto escrito.

Este serviço entrou em funcionamento na terça-feira e pode ser utilizado não apenas por cidadãos surdos, mas também por hospitais e centros de saúde com utentes surdos, explicou o presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Luís Goes Pinheiro.

“A Linha SNS 24 continua a ser um suporte importante na resposta nacional à Covid-19”, disse o governante, acrescentando que este serviço recebe atualmente cerca de 8.000 chamadas diárias, o que mostra “uma tendência de estabilização de acordo com a fase epidemiológica” em que o país se encontra.

O tempo de espera para atendimento, referiu, é hoje “inferior a um minuto”.

Desde o dia 1 de março, já foram realizados 288.000 testes para Covid-19 em Portugal. No total, estão 56 laboratórios a processar amostras no país: 30 públicos, 13 privados e 13 em entidades como universidades e forças armadas. Foi também anunciado que Portugal tem cerca 1.000.000 de testes em stock.

Relativamente à possibilidade dos doentes de Covid-19 em cuidados intensivos ficarem com sequelas, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admite que "tudo o que sabemos é o que esta escrito na literatura", sendo que "em Portugal ainda temos muito pouco tempo de epidemia para perceber se quem esteve em cuidados intensivos poderá ficar com sequelas".

Portugal regista esta quarta-feira 785 mortes por Covid-19 e um total de 21.982 infetados, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde. São mais 23 mortes e 603 casos (mais 2,8%) de infeção em relação ao dia anterior. 

Há nesta altura 1.146 pessoas internadas, das quais 207 em unidades de cuidados intensivos, e 1.143 doentes recuperados, mais 226 do que no dia anterior.

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