Covid-19: empresários de diversão itinerante cancelam protesto após DGS "aceitar propostas" - TVI

Covid-19: empresários de diversão itinerante cancelam protesto após DGS "aceitar propostas"

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  • 16 jun 2020, 20:11
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Associação dos Profissionais Itinerantes Certificados disse ter recebido garantias da DGS de que os empresários de diversão itinerante vão poder retomar a atividade

A Associação dos Profissionais Itinerantes Certificados disse ter recebido esta terça-feira garantias da Direção-Geral da Saúde (DGS) de que os empresários de diversão itinerante vão poder retomar a atividade, pelo que vai cancelar a continuação dos protestos que tinha agendado em Lisboa.

“É uma grande vitória, mas foi preciso ameaçar e fazer força. Eles [DGS] aceitaram todas as nossas propostas e amanhã ou depois vão assinar um papel que nos permitirá trabalhar”, disse à agência Lusa o empresário Daniel Sousa, da recém-criada Associação dos Profissionais Itinerantes Certificados (APIC), explicando que, com essa autorização, os empresários podem depois comunicar a atividade aos municípios.

Em causa estão propostas sobre o protocolo sanitário, que tinham sido apresentados pela associação em 04 de junho.

Perante estas garantias, a APIC decidiu cancelar as restantes ações de protesto que tinha agendadas para os próximos dois dias em Lisboa.

Fazemos hoje o desfile com os camiões por Lisboa e regressamos a nossa casa. Ficamos satisfeitos por ter sido mais rápido do que estávamos à espera”, afirmou Daniel Sousa.

O desfile de hoje, que tinha início marcado para as 19:00, tem passagens pela Avenida 24 de Julho, Segunda Circular, Entrecampos, Praça do Marquês de Pombal, Praça dos Restauradores, Avenida Infante D. Henrique, Avenida 24 de Julho, Avenida da Índia e Belém.

Devido ao surto de covid-19, os negócios itinerantes em eventos culturais, feiras, festas, romarias e circos, a maioria das quais canceladas, ficaram comprometidos.

Em 15 de março, o Governo anunciou que as feiras e os mercados de venda de produtos, excluindo as de diversão, podiam reiniciar a sua atividade a partir de 18 de maio, "devendo para tal existir um plano de contingência".

Em 06 de maio, os representantes da recém-criada APIC saíram "indignados" de uma reunião com o Governo, reclamando apoios à sustentabilidade dos negócios e a possibilidade de suspensão do pagamento de alguns impostos, uma vez que estão impedidos de trabalhar por causa da pandemia de covid-19.

"A reunião correu muito mal. O Governo não tem nenhum plano para nos auxiliar. Estamos profundamente revoltados", afirmou na altura à agência Lusa o presidente da APIC, Luís Fernandes, após uma reunião com secretário de Estado do Comércio, João Torres.

Estamos muito indignados e desesperados e não iremos desarmar enquanto não tivermos uma resposta satisfatória", ressalvou.

Em 05 de maio, a Assembleia da República aprovou um diploma do grupo parlamentar comunista, com a abstenção do PS, PSD, CDS e IL, que cria um regime de apoio à atividade dos feirantes.

Apesar de aprovado na generalidade, o diploma ainda não é lei, dado que é necessário ser discutido e votado na especialidade na comissão, no caso a de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

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