Covid-19: FNE defende encerramento de todos os estabelecimentos de ensino - TVI

Covid-19: FNE defende encerramento de todos os estabelecimentos de ensino

  • RL
  • 12 mar 2020, 17:37
Crianças na escola

Federação Nacional de Educação sublinha que esta medida deverá ser entendida "como de natureza compulsiva, adequada às circunstâncias, e não como sinónimo de férias"

A Federação Nacional de Educação defendeu, esta quinta-feira, o encerramento de todos os estabelecimentos de ensino públicos e privados, como medida de contenção à pandemia de Covid-19.

 A FNE entende que, nas circunstâncias atuais, o encerramento de todos os estabelecimentos de ensino públicos e privados é o procedimento que se exige, tendo por objetivo a prevenção de uma dimensão excessiva para a pandemia que agora se manifesta em Portugal", anunciou a FNE em comunicado.

Desconhecendo ainda a orientação que vai ser determinada pelo Governo, a FNE entende que, "no momento, o encerramento de todos os estabelecimentos de ensino públicos e privados é o procedimento que se exige nas circunstâncias atuais, em que se torna necessária a prevenção de uma dimensão excessiva para a pandemia que está instalada em todo o mundo e que agora se manifesta no nosso País".

Para a Federação, a pandemia do Covid.19 "deixou de ser uma questão meramente técnica e ganhou novos contornos", em termos da sua própria dimensão e impacto nos comportamentos sociais, "pelo que urge determinar as medidas que melhor defendam a saúde pública e limitem temores e desconfianças, de todo desnecessárias no momento atual".

A FNE sublinha que "as famílias estão hoje fortemente preocupadas e inseguras quando enviam os seus filhos para as escolas", preocupação que se estende aos educadores, professores e trabalhadores não docentes das escolas, "que vivem hoje momentos de incerteza, que não podemos permitir que se transformem numa insustentável crise de insegurança".

Se o Governo adotar o encerramento de todos os estabelecimentos de ensino, "esta medida deverá ser entendida como de natureza compulsiva, adequada às circunstâncias, e não como sinónimo de férias. Estamos certos de que as escolas, nos seus planos de contingência, têm prevista esta situação, limitando a presença de docentes e de não docentes aos estritamente indispensáveis para atividades insubstituíveis e inadiáveis".

Seja qual vier a ser a decisão do Governo, importa sublinhar que devem ser garantidas orientações para medidas complementares, em termos de provas de aferição, tempos e condições de avaliação, exames e eventualmente até a adequação dos calendários letivo e de exames", sublinhou a FNE.

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