Covid-19: Governo alarga intervalo entre doses da vacina da Pfizer para 28 dias - TVI

Covid-19: Governo alarga intervalo entre doses da vacina da Pfizer para 28 dias

Até agora já foram administradas em Portugal 868.951 vacinas contra a covid-19

As autoridades de saúde portuguesas aprovaram uma alteração à norma 21 da Direcção-Geral da Saúde, que alarga de 21 para 28 dias o prazo para a segunda toma da vacina da Pfizer contra a covid-19.

Esta alteração permitirá vacinar mais 100 mil pessoas até ao final de março, garantiu secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales na conferência de imprensa de atualização de informação relativa ao Plano de Vacinação contra a covid-19.

Esta alteração tinha já sido sugerida pela Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid e até pelo coordenador da task force.

Sobre esta alteração, o vice-almirante Gouveia e Melo, Coordenador da Task Force do Plano de Vacinação contra a covid-19, relembrou que a vacinação contra a covid-19 tem três grandes objetivos: salvar vidas, ganhar a resiliência da resposta do Estado (nomeadamente na área da saúde) e libertar a sociedade e a economia. No entanto, a gestão do plano vai-se adaptando em função "das vacinas que estão a chegar a Portugal" e do tipo de vacinas que estão disponíveis. E é isso que está a ser feito.

9% da população com mais de 80 anos já está vacinada

Até ao final de domingo foram administradas em Portugal 868.951 vacinas contra a covid-19: 603.585 da primeira dose e 265.366 da segunda dose.

Dois meses após o início do processo do processo de vacinação, Portugal está com uma média de vacinação acima da União Europeia com 8.45 doses administradas por 100 habitantes (na UE a média 7.35), revelou Lacerda Sales.

Atualmente,em Portugal, 35% da população com 80 ou mais anos já tomou a primeira dose da vacina. 9% da população desse grupo já tomou as duas doses.

Neste momento, 70% dos profissionais de saúde já receberam pelo menos uma dose.

Pessoas com trissomia 21 incluídas no grupo prioritário

Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, confirmou, na conferência de imprensa, a inclusão das pessoas com trissomia 21 no grupo prioritário para a vacinação.

“Questionados sobre se a trissomia 21 devia ser incluída nos grupos prioritários, fomos fazer um estudo, e tendo concluído que sim, fizemos essa proposta e a proposta foi bem acolhida”, disse.

Segundo Graça Freitas, em causa estarão cerca de 3.500 pessoas com esta condição e uma idade acima dos 16 anos, embora a população total com Trissomia 21 corresponda a “cerca de 6.000 pessoas”, mas que não podem ser neste momento vacinadas face ao licenciamento das atuais vacinas apenas a partir de determinada idade: 16 anos para a vacina da Moderna e 18 anos para as vacinas da Pfizer/BioNTech e Oxford/AstraZeneca.

“Estamos abertos a poder analisar outros grupos que vão sendo propostos, quer no âmbito de reduzir morbilidade e mortalidade, quer noutros âmbitos, nomeadamente, acrescentar resiliência à sociedade. Sendo um plano estabilizado nas suas linhas mestras, pode e deve sofrer ajustes em função das necessidades do país”, acrescentou Graça Freitas, abrindo a porta à inclusão de outras condições clínicas entre os grupos prioritários para a vacinação.

Sobre a criação de um "passaporte covid", Lacerda Sales afirmou que é uma medida que “tem de ser muito bem estudada e ponderada”, por “razões jurídicas, de proteção de dados, e também razões de equidade”. No entanto, "é algo que esta a ser pensado", admite.

 

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