Covid-19: "Governo está a preparar tudo para ter a primeira distribuição da vacina em janeiro" - TVI

Covid-19: "Governo está a preparar tudo para ter a primeira distribuição da vacina em janeiro"

As primeiras vacinas devem ser administradas a grupos de risco e profissioais de saúde e serviços essenciais. Será a DGS a determinar essas prioridades

A ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu esta quarta-feira, que as primeiras vacinas devem começar a ser distribuídas já em janeiro. Em declarações ao podcast do PS, Política com Palavra, a ministra diz que o Governo está a envidar esforços para que isso aconteça e explica a estratégia inicial de vacinação. 

O Governo está a preparar tudo para ter a primeira distribuição da vacina em janeiro. (...) Nós acompanhámos aquilo que é a genralidade do pensamento e da evidências e do pensamento nos outros países. a população alvo será maioritariamente as pessoas acima de uma certa idade, com comorbilidades, profissionais de saúde e de serviços essenciais e eventualmente profissionais dos serviços sociais."

De acordo com a ministra, cabe à Direção Geral de Saúde (DGS) fazer a definição da população alvo e dos grupos prioritários para serem vacinados. 

A “definição concreta dentro das categorias tem de ser melhor especificada e é nisso que técnicos estão a trabalhar”, adiantou a ministra.  No mesmo podcast, Marta Temido adiantou também que, esta terça-feira, já designou um grupo de acompanhamento para os aspetos essenciais da estratégia de vacinação do país, que inclui a DGS.

Apenas quem tem indicação deve vacinar-se contra a gripe

A ministra da Saúde alertou para a importância de apenas ser vacinado contra a gripe quem tem indicação para tal e disse que optou por não se vacinar, lembrando que a disponibilidade destas vacinas no mercado é limitada.

É importante dizer que só deve vacinar-se quem tem critério… é importante que se perceba isto, para todas as vacinas. (…) Há indicações terapêuticas que devem ser seguidas. Eu, por exemplo, não me vacinei”, afirmou Marta Temido.

Questionada sobre as vacinas contra a gripe adquiridas para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a ministra explicou que todos os anos são fabricadas “em quantidade limitada”, sublinhou que este ano foram compradas mais doses do que no ano passado e que as 2,5 milhões disponíveis (no SNS e nas farmácias) “seriam suficientes para a vacinação que habitualmente o país faz”.

Sublinhando que o Governo adquiriu para o SNS “toda a quantidade que podia” de vacinas da gripe - mais de dois milhões de doses -, a ministra lembrou que as farmácias conseguiram comprar cerca de 500 mil e que, no total, isso seria necessário para quem tem indicação de fazer a vacina a receber.

Este ano tivemos uma procura de pessoas que habitualmente não se vacina”, disse a ministra, dando o exemplo de muitos profissionais de saúde.

Segundo os dados disponibilizados pela governante, foram administradas 1,4 milhões de doses da vacina da gripe e há ainda 400 mil em ‘stock’ para serem administradas.

A última fatia – de 200 mil doses – chegará no final do mês”, disse a ministra, lembrando que “não há mais vacinas disponíveis no mercado mundial”.

Sobre a forma como a Direção-Geral da Saúde tem lidado com a pandemia e sobre se mantém a confiança na diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, a ministra respondeu: “Absolutamente”.

Quanto à vacina contra a covid-19, a ministra disse que o Governo está a “prepara tudo para poder ter a distribuição da vacina em janeiro” e que os especialistas estão a trabalhar em quatro tópicos: a população alvo a vacinar e os grupos prioritários, a logística (transporte e armazenamento), o registo informático da administração da vacina e eventuais reações adversas e a comunicação.

Está uma ‘task-force’ a acompanhar o tema, com elementos dos serviços centrais, da DGS e peritos que deve fazer essa definição [da estratégia de vacinação]”, afirmou, sublinhando que estarão em analise os grupos alvo acima de determinada idade, as pessoas com comorbilidades, os profissionais de saúde e dos erviços essenciais (proteção civil e forças de segurança) e, eventualmente, os dos serviços sociais.

“A definição concreta e prioridades ainda terão de ser melhor especificadas”, acrescentou.

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