Covid-19: há 10 portugueses retidos em cruzeiro nos Estados Unidos - TVI

Covid-19: há 10 portugueses retidos em cruzeiro nos Estados Unidos

  • RL
  • 10 mar 2020, 15:33

Portugueses a bordo do Grand Princess estão a aguardar os resultados de análises ao novo coronavírus. Autoridades portuguesas estão a acompanhar o caso

As autoridades portuguesas estão a acompanhar os cerca de 10 portugueses a bordo de um navio de cruzeiro atracado na Califórnia, Estados Unidos, e que aguardam os resultados de análises ao novo coronavírus, indicou esta terça-feira o Governo.

“Neste momento há alguns casos de portugueses que estão em cruzeiros, que estamos a acompanhar todos os dias e a tomar as medidas necessárias de acordo com a evolução das situações”, disse aos jornalistas a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes.

O Grand Princess, onde estão os 10 portugueses, está atracado desde segunda-feira no porto de Oakland, depois de ter ficado retido cinco dias ao largo de S. Francisco com 3.500 pessoas, de 54 países, a bordo.

De acordo com a imprensa dos Estados Unidos, 19 passageiros e dois tripulantes do Grand Princess são casos confirmados de infeção com o novo coronavírus.

A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas referiu que ainda estão a ser feitos testes aos portugueses e que, entre terça e quarta-feira, haverá resultados mais concretos.

Berta Nunes, juntamente com o secretário de Estado da Saúde, António Sales, recebeu esta terça-feira no aeroporto de Lisboa o primeiro português infetado pelo novo coronavírus, Adriano Maranhão, que trabalhava a bordo do navio Diamond Princess, que esteve ancorado no Japão, em quarentena.

Adriano Maranhão contou aos jornalistas que nunca recebeu qualquer tratamento médico, tendo apenas tomado paracetamol ministrado pelo médico do posto clínico do navio, mas que foi retirado pelas autoridades japoneses e transferido para o hospital, onde esteve em observação até que foi feito um novo teste à Covid-19 e deu negativo.

O português que trabalhava no navio Diamond Princess disse ainda que a empresa pagou aos trabalhadores dois meses sem estarem ao serviço e que agora vai pensar se vai regressar a este trabalho.

O secretário de Estado da Saúde disse aos jornalistas que todos os portugueses que estiverem fora de Portugal, nas condições de Adriano Maranhão, e que regressem a Portugal vão ser mantidos durante algum tempo em vigilância ativa e contactos por médicos da Direção-Geral da Saúde.

A epidemia de Covid-19 (a doença provocada pelo novo coronavírus) foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.

Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Portugal registou até ao momento 41 pessoas infetadas.

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