Covid-19: há 138 casos positivos entre os refugiados retirados de hostel em Lisboa - TVI

Covid-19: há 138 casos positivos entre os refugiados retirados de hostel em Lisboa

  • Rafaela Laja
  • Catarina Caseirito
  • atualizada às 11:08
  • 20 abr 2020, 10:46

138 dos 165 refugiados que foram retirados de um hostel no centro de Lisboa no domingo testaram positivo esta segunda-feira para o novo coronavírus

Pelo menos 138 dos 165 refugiados que foram retirados de um hostel no centro de Lisboa, devido a um caso de infeção por Covid-19, testaram positivo esta segunda-feira, de acordo com o vereador da Câmara Carlos Castro, que está a acompanhar a situação.

No total foram testadas 175 pessoas, entre hóspedes e funcionários. 31 testes deram negativo e seis deram inconclusivo.

No passado domingo, cerca de 200 pessoas foram retiradas de um hostel no centro de Lisboa, na rua Morais Soares, frequesia de Arroios, por causa de um hóspede infetado com Covid-19.

Os refugiados, na sua maioria de África e do Médio Oriente, que foram, temporariamente, deslocados para a Mesquita Central de Lisboa, estão a ser transportados para a Pousada da Juventude da cidade, em Picoas.

No total, entre refugiados e funcionários, foram realizados 187 testes. 

Os hóspedes que não estiverem infetados vão regressar ao hostel, que foi desinfetado no domingo.

Presidente da Junta de Arroios exige que ASAE fiscalize hostel

A presidente da Junta de Freguesia de Arroios, em Lisboa, exigiu esta segunda-feira que a ASAE fiscalize o hostel evacuado no domingo, uma vez que albergava perto de 200 pessoas em 40 quartos.

Em declarações à agência Lusa, a presidente da Junta de Freguesia de Arroios, Margarida Martins, alertou para a situação que se vivia naquela pensão e exigiu fiscalização.

De acordo com Margarida Martins, a situação ainda é mais grave tendo em conta o que se está a viver na sequência da pandemia de Covid-19.

Uma pensão em que vivem 200 pessoas em 40 quartos quer dizer que vivem todas ao molho e sem condições. Acho que o Estado tinha a obrigação de verificar e a ASAE tem de verificar”, referiu.

A agência Lusa tentou, sem sucesso, contactar por várias vezes a Câmara Municipal de Lisboa para obter informação e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS) remeteu para a Direção-Geral da Saúde.

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