O hospital de Viana do Castelo tem esta quarta-feira internados 149 doentes infetados com o vírus SARS-Cov-2, 24 dos quais nos cuidados intensivos, unidade que apresenta uma taxa de ocupação de 96%, disse hoje o administrador.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), Franklim Ramos, referiu que "a pressão no hospital, enfermarias covid-19 e cuidados intensivos mantém-se, apesar de uma ligeira melhoria".
Acreditamos que nas próximas semanas a situação nos seja mais favorável. Neste momento, estão internados 149 doentes covid, incluindo nos cuidados intensivos (24), sendo a taxa de ocupação dos cuidados intensivos de 96%", disse o responsável.
Franklim Ramos classificou ainda de "boa notícia" a recente redução do número de novos casos de covid-19 no distrito de Viana do Castelo.
O distrito de Viana do Castelo tem sido fustigado desde o início de janeiro com um número surpreendente de casos positivos, continuando, na última semana, a apresentar o maior número de casos de todo o norte do país, bem como a maior incidência (883 casos/100.000 habitantes). Contudo, a 30 de janeiro apresenta já uma variação percentual de casos na última semana face à penúltima de menos 25%, o que constitui uma boa notícia", realçou.
O relatório da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), divulgado na segunda-feira, que reporta a evolução da situação epidemiológica entre os dias 10 e 29 de janeiro, refere que o distrito de Viana do Castelo registou menos 25% de novos casos.
Franklim Ramos acrescentou que, "até à última segunda-feira, 01 de fevereiro, o distrito de Viana do Castelo tinha 4.182 casos positivos", de acordo com o boletim da situação epidemiológica da pandemia no Alto Minho, divulgado pela ULSAM, na segunda-feira.
"Constitui ainda um número de casos muito preocupante dado que, invariavelmente, se reflete no internamento de doentes com covid-19 que apresentam complicações, e muitas delas exigindo cuidados de medicina crítica", alertou.
De acordo com aqueles dados, contabilizaram-se menos 372 novos casos da doença, relativamente ao boletim divulgado no dia 29 de janeiro, com 4.554 casos ativos.
O presidente do conselho de administração da ULSAM destacou ainda "o papel que todos os profissionais de saúde têm tido no tratamento dos doentes e a capacidade extraordinária de resiliência que têm demonstrado".
A população do Alto Minho pode estar orgulhosa dos seus profissionais de saúde quer daqueles que acompanham os doentes mais críticos, quer dos que acompanham os doentes menos graves como é caso dos profissionais dos centros de saúde", afirmou.
O responsável apelou “à população para que cumpra as regras da DGS contribuindo ativamente para diminuir o número de casos de infeção".
A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima.
Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas dos 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.
Em todas aquelas estruturas trabalham mais de 2.500 profissionais, entre eles, cerca de 500 médicos e mais de 800 enfermeiros.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.237.990 mortos resultantes de mais de 103,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal morreram 13.017 pessoas dos 731.861 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.