Covid-19: incidência mais elevada registada entre os 10 e os 20 anos - TVI

Covid-19: incidência mais elevada registada entre os 10 e os 20 anos

  • Henrique Magalhães Claudino
  • Atualizado com Lusa
  • 30 abr 2021, 20:43
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge

Valor do Rt apresenta valores inferiores ou iguais a 1 a nível nacional

O relatório das linhas vermelhas apresentado pelo Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge e pela DGS indica esta sexta-feira que a incidência mais elevada da transmissão de covid-19 observa-se no grupo etário dos 10 aos 20 anos.

Por outro lado, a incidência mais baixa da doença observou-se no grupo etário com 80 anos ou mais (31 casos por 100 mil habitantes), "o que reflete um risco de infeção neste grupo muito inferior ao risco da população em geral", indica o relatório.

É também apontado que a tendência de infeções por covid-19 está "estável a nível nacional", nos últimos 14 dias, o número de infeções por 100 mil habitantes detém-se nos 68 casos.

Já o valor do Rt apresenta valores inferiores ou iguais a 1 a nível nacional (0,98) e nas várias regiões de saúde do continente.

De acordo com o relatório, Portugal pode atingir os 60 casos do novo coronavírus por 100 mil habitantes, metade do limite definido no plano de desconfinamento, dentro de 15 a 30 dias.

Considerando o valor de Rt [índice de transmissibilidade do vírus] médio dos últimos cinco dias, que indica uma tendência decrescente, poderá atingir-se a incidência de 60 casos por 100 mil habitantes no prazo de 15 a 30 dias”, estimam os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) hoje divulgados.

Este prazo de 15 a 30 dias é inferior ao apontado no anterior relatório, divulgado a 23 de abril, que apontava para que o país atingisse os 60 casos de covid-19 por 100 mil habitantes dentro de um a dois meses.

Ao nível dos serviços de saúde, a DGS e o INSA adiantam que o número diário de casos de covid-19 em unidades de cuidados intensivos do continente revela uma tendência ligeiramente decrescente, com 89 doentes internados a 28 de abril, encontrando-se abaixo do valor crítico definido de 245 camas ocupadas.

Já no que se refere ao despiste da doença, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 1%, valor que se mantém abaixo do limiar definido de 4%.

Observou-se um aumento do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias”, com um total de 450.508, quando na semana anterior tinham sido realizados 365.241 testes, indica o relatório da monitorização das linhas vermelhas para a covid-19.

Os dados agora divulgados assinalam que, nos últimos sete dias, 98% os casos de infeção por SARS-CoV-2 foram isolados em menos de 24 horas após a notificação e foram rastreados e isolados 81% dos seus contactos.

Já quanto às variantes do coronavírus presentes em Portugal, os dados do INSA estimam que variante associada ao Reino Unido seja responsável por 90% dos novos casos registados em Portugal em abril.

Foram identificados também 68 casos da variante B.1.351 (associada à África do Sul) e 85 casos da variante P.1 (associada a Manaus, Brasil), a maioria sem ligação epidemiológica estabelecida, o que indica a existência de transmissão comunitária ativa desta variante.

Foram identificados também, pela primeira vez em Portugal, seis casos associados à variante indiana (linhagem B.1.617), sendo que, os dados genéticos sugerem a existência de várias introduções distintas no país”, refere o relatório.

Em Portugal, morreram 16.974 pessoas dos 836.493 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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