Covid-19: IPO Lisboa suspende cirurgias oncológicas não urgentes - TVI

Covid-19: IPO Lisboa suspende cirurgias oncológicas não urgentes

  • CE
  • 13 mar 2020, 17:56
Enfermeiros

Serão também adiadas as consultas de ‘follow-up’ que não são urgentes. Estas medidas servem para a instituição “garantir a atividade assistencial aos doentes oncológicos”

O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa vai suspender as cirurgias programadas não oncológicas e as oncológicas não urgentes e sem implicações na vida ou progressão da doença, disse à agência Lusa fonte da instituição.

A mesma fonte adiantou que serão também adiadas as consultas de ‘follow-up’ que não são urgentes e assegurou que as medidas que serão tomadas pelo IPO, no âmbito do surto de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, servem para a instituição “garantir a atividade assistencial aos doentes oncológicos”.

Está igualmente a ser avaliada uma gestão mais criteriosa das camas de cuidados intensivo, uma vez que o IPO está a receber solicitações de outras unidades de saúde.

A instituição está igualmente a avaliar o funcionamento da Unidade de Atendimento Não Programado, que é gerido por enfermeiros e serve para dar apoio e assistência a doente que estão em tratamento ou em fase aguda e que têm alguma complicação.

No âmbito do combate à pandemia de Covid-19, o IPO já tinha anunciado uma série de medidas, designadamente interditando desde hoje todas as visitas aos doentes internados e pedindo aos doentes em ambulatório que se desloquem, sempre que possível, sem acompanhante.

Numa nota divulgada na quinta-feira, a unidade de saúde sublinhava: "A implementação destas medidas é temporária, visa a proteção dos doentes e dos profissionais e a continuidade da atividade assistencial do IPO".

A implementação destas medidas é temporária, visa a proteção dos doentes e dos profissionais e a continuidade da atividade assistencial do IPO", justificava a unidade hospitalar.

Na segunda-feira, o IPO já tinha anunciado a restrição dos horários de visita e o número de visitantes a doentes internados, para reduzir o risco de propagação da Covid-19 na unidade hospitalar.

Esta sexta-feira, fonte do IPO apelou ainda à doação de sangue, lembrando que sempre que há surtos as necessidades de sangue aumentam e o 'stock' diminui.

Entre outras medidas que ficarão completamente definidas ao final da tarde de hoje, o IPO decidiu que parte dos funcionários administrativos da instituição ficarão em regime de teletrabalho a partir de segunda-feira.

O número de casos confirmados em Portugal de infeção pelo novo coronavírus, que causa a doença Covid-19, subiu hoje para 112, mais 34 do que os contabilizados na quinta-feira, e os casos suspeitos duplicaram para 1.308.

Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), dos 1.308 casos suspeitos, 172 aguardam resultado laboratorial.

Há ainda 5.674 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

A doença, considerada pandemia esta semana pela Organização Mundial de Saúde, já infetou mais de 131 mil pessoas em todo o mundo e provocou mais de 4.900 mortos.

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