Covid-19: Marcelo agradece aos enfermeiros e diz que há setores que não entendem a sua saga - TVI

Covid-19: Marcelo agradece aos enfermeiros e diz que há setores que não entendem a sua saga

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  • 12 mai 2020, 19:57
Marcelo Rebelo de Sousa

"São 24 horas por dia, todos os dias, todas as semanas de vários meses", referiu o chefe de Estado

O Presidente da República agradeceu e elogiou o contributo dos enfermeiros para o combate à pandemia de Covid-19, numa mensagem divulgada esta terça-feira, considerando que "há setores da opinião pública que não compreendem a saga" destes profissionais de saúde.

Nesta mensagem em vídeo, gravada no Palácio de Belém e divulgada pela Ordem dos Enfermeiros, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu um agradecimento a todos os enfermeiros do país e também àqueles que "partem para fora porque não encontram em Portugal as condições de trabalho que consideram ideais".

Assinalando o Dia Internacional do Enfermeiro, que se comemora a 12 de maio, o chefe de Estado destacou o trabalho destes profissionais neste momento de pandemia de Covid-19, referindo que "são 24 horas por dia, todos os dias, todas as semanas de vários meses" em que estão "sempre presentes, elas e eles, e sempre expostas e expostos".

Elas e eles, infetadas, infetados, de quarentena, saindo da quarentena para recomeçar, longe das famílias, sacrificando as famílias, não sabendo o que é o dia seguinte. E essa palavra é uma palavra de gratidão que está no coração e, por isso, está no coração do Presidente da República Portuguesa", acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa gravou esta mensagem para ser transmitida na videoconferência "Os Enfermeiros e os desafios para a Saúde", com a participação da bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, que recebeu em audiência no dia 27 de março, a propósito do da pandemia de Covid-19.

Na altura disse-lhe mais ou menos aquilo que vos digo agora, olhos nos olhos: que o país deve imenso às enfermeiras e aos enfermeiros de Portugal. Deve desde sempre, não precisou de pandemia para dever. Deve à sua disponibilidade, à sua coragem, à sua resistência, ao seu espírito solidário, à sua vontade de servir", afirmou.

Segundo o chefe de Estado, o país deve aos enfermeiros "em ocasiões muito diferentes, mesmo quando partem para fora porque não encontram em Portugal as condições de trabalho que consideram ideais, mesmo quando há setores da opinião pública que não compreendem a saga dos enfermeiros - mas deve por maioria de razão no tempo de pandemia".

Ministra agradece pelo Governo

A ministra da Saúde reiterou o agradecimento do Governo ao trabalho dos enfermeiros em época de pandemia, reconhecendo que as aspirações da classe “são muitas”.

Marta Temido expressou o seu “agradecimento em nome do Governo, da República, dos portugueses, aos enfermeiros que formam o sistema de saúde”.

Têm sido a melhor garantia da continuidade dos cuidados de saúde primários, dos cuidados hospitalares, nos domicílios aos doentes da rede nacional de cuidados continuados integrados, das linhas de saúde do SNS24 e também da visitação a lares e estruturas que foram construídas por necessidade destes tempos muitos exigentes”, elencou a governante.

Contudo, reconheceu que “as aspirações da profissão de enfermagem são muitas, têm o acolhimento da maioria da população e que será um grande esforço da parte de todos para conseguir extrair soluções e responder aos tempos que aí vêm”.

“2020 tem sido um ano particularmente exigente para todos os profissionais de saúde e também para os enfermeiros. O meu agradecimento”, sublinhou Marta Temido.

A ministra admitiu, porém, que “as aspirações da profissão de enfermagem são muitas, têm o acolhimento da maioria da população e que será necessário um grande esforço para conseguir construir soluções que permitam corresponder nos tempos que aí vêm”.

Em Portugal, há 3.148 profissionais de saúde infetados com o novo coronavírus, responsável pela covid-19, entre os quais 468 médicos e 834 enfermeiros, revelou o secretário de Estado da Saúde, António Sales.

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