Covid-19: militares no combate à pandemia vacinados na próxima semana - TVI

Covid-19: militares no combate à pandemia vacinados na próxima semana

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  • 30 dez 2020, 18:37
João Gomes Cravinho

Ministro da Defesa avançou que serão vacinados cerca de 640 profissionais de saúde que trabalham em hospitais das Forças Armadas

Os militares que trabalham no Hospital das Forças Armadas de Lisboa, Porto e no Centro de Apoio Militar covid-19 vão ser vacinados durante a próxima semana, garantiu esta quarta-feira o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho.

Nós estamos a falar de cerca de 640 profissionais de saúde a trabalhar no Hospital das Forças Armadas de Lisboa, Porto e no Centro de Apoio Militar de covid, o antigo Hospital Militar de Belém. Serão vacinados durante a próxima semana, a semana de 4 de janeiro”, garantiu o ministro da Defesa, em declarações aos jornalistas.

João Gomes Cravinho falava aos jornalistas após uma visita à sala de situação do Ministério da Saúde, Lisboa, onde são coordenadas as ações de acompanhamento do processo de chegada e distribuição das vacinas contra a covid-19, na qual esteve acompanhado pelo Secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes.

O governante explicou que esta sala “tem vindo a ser concebida ao longo de 6 a 8 semanas” e que nas últimas duas semanas “tem estado a funcionar em pleno e tem sido responsável pelo sucesso destas primeiras duas semanas de vacinação”.

“A sala de situação permite corrigir e cruzar dados muito diferentes, de instituições diferentes”, adiantou o ministro, momentos depois de ter visitado o terceiro piso do Ministério.

Esta sala, que reúne várias entidades e competências, é constituída por várias células (de logística, de comunicação estratégica, de vacinação), representantes dos sistemas de informação, uma célula de Segurança (composta por um representante da PSP e outro da GNR) e ainda dois militares que representam o Núcleo de Apoio à decisão do EMGFA [Estado-Maior-General das Forças Armadas].

Nesta unidade, as Forças Armadas ajudam no âmbito do planeamento e da logística, oferecendo as suas competências na atuação em ambientes de incerteza, stress e com elevada complexidade.

Gomes Cravinho sustentou ainda que sem esta sala de situação não seria possível que todo o processo de vacinação estivesse “a funcionar de forma coordenada e em conjunto” e que este foi o mecanismo encontrado pelo Ministério da Saúde para corresponder à “realidade muito específica” da covid-19.

Creio que a sala de situação dá-nos uma excelente garantia para as próximas semanas, para as diferentes etapas de vacinação que se vão seguir”, acrescentou.

Questionado sobre o incidente entre GNR e PSP em Évora, João Gomes Cravinho disse apenas que a questão “é do domínio da administração interna” e que agora é preciso esperar pelos resultados do inquérito aberto pelo MAI.

As rotas são programadas e tudo o que tem a ver com a distribuição das vacinas até ao local de chegada é coordenado aqui e esse trabalho tem corrido de forma muito escorreita”, vincou.

A TVI noticiou, na segunda-feira à noite, que “um conflito de interesses entre PSP e GNR” terá impedido, durante algum tempo, “a saída” do hospital de Évora da carrinha que fazia a distribuição da vacina na região Sul do país, acabando a situação por ser resolvida “com uma escolta partilhada” entre as duas forças da autoridade.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, determinou a abertura de um inquérito urgente por parte da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) sobre estes “incidentes" em Évora no acompanhamento das vacinas.

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