A bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, participou na conferência de imprensa da Direção-geral de Saúde, esta segunda-feira, onde deixou claro que não há alimentos, nem suplementos milagrosos no combate à pandemia de Covid-19.
De acordo com a nutricionista, no meio desta crise de saúde pública, também se adensa a desinformação. A circulação na internet de alegadas soluções milagrosas para o fortalecimento do sistema imunitário é um desses exemplos.
Queria deixar claro que não existem superalimentos nem suplementos capazes de prevenir ou até mesmo combater a Covid-19”, disse Alexandra Bento.
A alimentação equilibrada é fundamental para assegurar o adequado funcionamento do sistema imunitário, mas a bastonária reforçou que "o sistema imunitário agredece que fiquem em casa e que comam saudavelmente".
Os conselhos da nutricionista em tempo de pandemia de Covid-19 passam também por privilegiar alimentos frescos em detrimento de alimentos com muito sal, muita gordura e com muito açúcar.
Os hortícolas e as frutas frescas, crus ou cozinhados, devem constituir a base das refeições diárias e dar-lhes preferência. Preferência também àqueles que são locais e que tenham maior durabilidade", aconselhou a bastonária da Ordem dos Nutricionistas.
Com este propósito, Alexandra Bento anunciou que a DGS publicou um guia dedicado à alimentação em tempo de Covid-19 e que "pode e deve ser consultado" na plataforma digital.
No entanto, a bastonária da Ordem dos Nutricionistas referiu que "nunca é demais lembrar que compre só os alimentos que precisa", e assegura que nunca faltará alimentos em Portugal.
A cadeia de abastecimento alimentar está a funcionar graças ao empenho do Estado em conjunto com aqueles que produzem, transformam, distribuem e comercializam os alimentos", concluiu.
O número de mortes por Covid-19 em Portugal subiu para 311, segundo o boletim epidemiológico divulgado esta segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde.
O total de casos confirmados é agora de 11.730 e 4500 pessoas aguardam resultado laboratorial. O número de casos recuperados subiu para 140, tendo praticamente duplicado desde o último registo, que era de 75 pessoas recuperadas da doença.