Face Oculta: Domingos Paiva Nunes ouvido no JIC - TVI

Face Oculta: Domingos Paiva Nunes ouvido no JIC

Manuel José Godinho, principal arguido do processo «Face Oculta»

Administrador da EDP Imobiliária, suspenso de funções, terá recebido carro topo de gama de Godinho para favorecer negócios

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O arguido do caso Face Oculta Domingos Paiva Nunes entrou pouco depois das nove da manhã no Juízo de Instrução Criminal de Aveiro para continuar a ser ouvido no processo, refere a Lusa.

Paiva Nunes, que suspendeu funções de vogal do Conselho de administração da EDP Imobiliária na sequência do caso, começou a ser ouvido pelo juiz de Instrução na passada terça-feira. O interrogatório foi interrompido nesse dia e prolonga-se hoje a pedido do próprio.

Segundo a investigação, o arguido terá recebido um carro topo de gama de Manuel José Godinho, principal suspeito deste caso, para favorecer negócios.

Ainda de acordo com informações recolhidas pelos investigadores, Paiva Nunes terá sido apresentado a Manuel Godinho pelo ex-ministro socialista Armando vara.

Domingos Paiva Nunes é o nono arguido a ser ouvido no âmbito deste processo que foi desencadeado pela Polícia Judiciária de Aveiro no passado dia 28 de Outubro.

A PJ desencadeou a operação Face Oculta em vários pontos do país, no âmbito de uma investigação relacionada com alegados crimes económicos de um grupo empresarial de Ovar que integra a O2-Tratamento e Limpezas Ambientais, a que está ligado Manuel José Godinho.

No decurso da operação foram efectuadas cerca de 30 buscas, domiciliárias e a postos de trabalho, e 15 pessoas foram constituídas arguidas, incluindo Armando Vara, ex-ministro e vice-presidente do BCP, José Penedos, presidente da REN - Redes Energéticas Nacionais, e o seu filho Paulo Penedos, advogado da empresa SCI-Sociedade Comercial e Industrial de Metalomecânica SA, de Manuel José Godinho.

Um administrador da Indústria de Desmilitarização da Defesa (IDD) também foi constituído arguido no processo «Face Oculta».

Desde 30 de Outubro, aquando do início dos interrogatórios judiciais, um arguido foi colocado em prisão preventiva (o empresário Manuel José Godinho) e três outros foram suspensos de funções: Manuel Guiomar, quadro da Refer, Mário Pinho, funcionário da Repartição de Finanças de São João da Madeira, e José Lopes Valentim, também quadro da Refer-Rede Ferroviária Nacional.
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