Face Oculta: sobrinho de Godinho com caução de 50 mil euros - TVI

Face Oculta: sobrinho de Godinho com caução de 50 mil euros

José Manuel Godinho interrogado no âmbito da operação face oculta

Hugo Sá Godinho tem ainda de se apresentar às autoridades duas vezes por semana, não pode contactar os outros arguidos e não pode deslocar-se ao estrangeiro sem autorização judicial

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O juiz de instrução do processo Face Oculta fixou, esta quinta-feira, uma caução de 50 mil euros para Hugo Sá Godinho, sobrinho do principal arguido, o empresário de sucatas Manuel Godinho.

De acordo com o advogado do arguido, Artur Marques, o sobrinho de Manuel Godinho fica sujeito a mais três medidas de coacção: apresentação bissemanal às autoridades, inibição de contactar outros arguidos e proibição de se deslocar ao estrangeiro sem autorização judicial.

O causídico não adiantou os crimes por que está indiciado o seu cliente, remetendo esse esclarecimento para um comunicado que deverá ser emitido ainda esta quinta-feira pelo juiz-presidente da Comarca do Baixo Vouga, Paulo Brandão.

Hugo Sá Godinho permaneceu toda a manhã nas instalações judiciais de Aveiro, mas só foi presente ao juiz de instrução criminal ao final da manhã e conheceu as medidas de coacção após o almoço.

O seu advogado não esclareceu se Hugo Sá Godinho prestou esclarecimentos ao juiz ou se preferiu o silêncio.

Segundo a investigação, Hugo Sá Godinho terá integrado o núcleo que desde a primeira hora conheceu os planos do seu tio e a eles aderiu.

Seguindo instruções de Manuel Godinho, terá negociado com um funcionário dos estaleiros de Setúbal as contrapartidas para retirar 100 toneladas de resíduos ferrosos como se de lixo se tratasse. Também terá sido apanhado a subornar um encarregado de obra na zona de Viseu para adulteração da pesagem de resíduos.

Arguido está a ser ouvido

Sensivelmente na altura em que Hugo Godinho saía das instalações judiciais, entrou o arguido Carlos Vasconcellos, quadro da Refer (Rede Ferroviária Nacional). À entrada, o seu advogado, João Folque, limitou-se a contestar a «diarreia comunicacional» em torno deste processo em que ele próprio é referenciado.

Segundo a investigação, o próprio João Folque, que não é arguido, também terá participado numa reunião, com outro colega de escritório, com Carlos Vasconcellos e Manuel Godinho para fins não especificados.
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