Nazaré: agente da PSP nega ter tirado dinheiro

O agente da PSP da esquadra da Nazaré acusado de peculato por alegadamente ter desviado cerca de 5.900 euros negou hoje em tribunal ter cometido qualquer crime, alegando desconhecer o destino daquele dinheiro, escreve a Lusa

«Não lhe sei dizer para onde foi» o dinheiro que falta nas contas internas da esquadra, afirmou hoje o agente na primeira sessão do julgamento, no Tribunal Judicial da Nazaré.

Em causa estão 5.927 euros que foram pagos à esquadra por serviços gratificados dos agentes (segurança em recintos desportivos ou por conta de outros organismos), mas nunca chegaram a ser depositados na conta da PSP.

«Eu estava convencido que estava depositado», afirmou o arguido, de 52 anos, que foi responsável pela gestão da tesouraria entre Junho de 2001 e Janeiro de 2003.

Afirmando-se inocente, o arguido, que reside na Nazaré, alegou que os depósitos eram feitos por outro colega e que o cofre onde o dinheiro era guardado «estava sempre aberto», no gabinete do comandante da esquadra.

Para o Ministério Público, a verba em falta foi desviado pelo arguido, que «se apropriou do dinheiro que lhe foi entregue pela função que ocupava».

Para o comissário Manuel Cardoso da Silva, que fiscalizou as contas da esquadra, «verificaram-se várias irregularidades» na gestão dessas receitas, já que o dinheiro «não era logo depositado» como indicavam as normas internas, permanecendo «meses» dentro do cofre.

Por seu turno, o sub-chefe José Mendes, que também analisou as contas da esquadra por ordem do Comando Distrital da PSP de Leiria, recordou que o caso começou porque os agentes queixaram-se de atrasos no pagamento dos serviços gratificados.

«Certamente ele não depositou o dinheiro» considerou José Mendes, referindo-se ao arguido.

O julgamento continua no próximo dia 26 de Novembro, às 14:00.