O procurador Orlando Figueira, detido na terça-feira, vai ficar em prisão preventiva, determinou esta quinta-feira a juíza de instrução criminal.
Depois de ter sido ouvido durante a tarde desta quinta-feira, a juíza determinou a prisão preventiva, medida de coação mais gravosa, por considerar que há fortes indícios da prática do crime de corrupção passiva e também de branqueamento e falsidade informática.
A juíza considerou haver o perigo de perturbação da tranquilidade e da ordem pública e também o perigo de fuga, pelo que Orlando Figueira ficará em prisão preventiva e será transferido ainda hoje para o estabelecimento prisional de Évora.
Num comunicado divulgado na noite de hoje pelo Tribunal afirma-se que Orlando de Jesus Cabanas Figueira foi apresentado na quarta-feira para um primeiro interrogatório judicial, que teve início na noite desse dia e que terminou na noite de hoje, pelas 19:45.
“O arguido foi considerado fortemente indiciado” pela prática dos crimes de “corrupção passiva, na forma agravada” e de um crime de falsidade informática e outro de branqueamento, diz-se no comunicado.
Foi considerado “existir em concreto”, além do perigo de perturbação e da fuga, o perigo de perturbação do decurso do inquérito, explica-se ainda no comunicado.
O procurador do Ministério Público - em licença sem vencimento desde 2012 -, foi detido, no âmbito da "Operação Fizz", por suspeitas de corrupção passiva, branqueamento de capitais e falsidade informática.
Na mesma investigação, o vice-presidente de Angola Manuel Vicente e o seu avogado Paulo Blanco estão indiciados de corrupção ativa, em co-autoria.
Orlando Figueira foi o procurador responsável pelos processos "BES Angola" e "Caso Banif", que arquivou, relacionados com capitais angolanos.
A Operação Fizz está relacionada com o arquivamento de um processo que envolve o vice-Presidente de Angola, que o Ministério Público considera ter sido mal arquivado.