Cativeiro: Segurança Social diz não ter recebido participação oficial - TVI

Cativeiro: Segurança Social diz não ter recebido participação oficial

Violência doméstica

O presidente da autarquia, onde uma idosa e o seu filho foram mantidos em cativeiro durante 14 meses, garantiu que tinha alertado a Segurança Social «há já algum tempo»

O presidente do Instituto de Segurança Social afirmou, esta quinta-feira, que não recebeu nenhuma denúncia oficial do Presidente da Freguesia da Fajarda, onde uma idosa e o seu filho deficiente foram mantidos em cativeiro durante 14 meses, num cenário de «profunda e chocante miséria humana», informa a Agência Lusa.

Mantidos em cativeiro num cenário de «profunda e chocante miséria»

Segurança Social informada sobre cativeiro «há alguns meses»

O presidente da autarquia, Ilídio Serrador, garantiu, na quarta-feira, que tinha alertado a Segurança Social «há já alguns meses». No entanto, o presidente do Instituto de Segurança Social, Edmundo Martinho, afirmou não ter conhecimento que tenha havido uma comunicação oficial à instituição. «Participação formal não temos. Pode ter havido algum contacto individual com alguma técnica e é isso que nós estamos a tentar apurar agora», disse.

Na terça-feira a Polícia Judiciária prendeu dois suspeitos familiares das vítimas e libertou uma idosa e o seu filho. Os indivíduos mantinham os familiares em cativeiro para lhes extorquirem a pensão e a reforma.

Segurança Social não «sabia da gravidade da situação»



O responsável da Segurança Social garantiu que ninguém «sabia a gravidade da situação em que estas pessoas estavam» e explicou que a família estava a ser seguida pela Segurança Social, mas apenas pelas suas dificuldades sociais e económicas. «As técnicas tentaram várias visitas domiciliárias, que foram sempre sendo impedidas. Nós não temos condições para entrar na casa das pessoas contra a sua vontade e a troca de informações com a polícia só acontece se houver sinais da prática de algum crime», afirmou.

A idosa, que alegadamente foi sequestrada por um filho e nora, está a receber tratamento psicológico e físico num Centro de acolhimento de Emergência. Já o filho portador de deficiência, que também foi mantido em cativeiro, está hospitalizado e a ter acompanhamento da Segurança Social.

O casal suspeito do sequestro ficou quarta-feira em prisão preventiva.
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