Coimbra: hospital dos Covões já entrou em rutura - TVI

Coimbra: hospital dos Covões já entrou em rutura

  • João Bizarro
  • CLC
  • 5 jan 2021, 12:02

Conselho de Admnistração está reunido depois das nove enfermarias e a Unidade de Cuidados Intensivos terem atingido a capacidade máxima

O Hospital dos Covões em Coimbra já entrou em rutura, apurou a TVI. 

A capacidade de receber doentes no hospital central está esgotada e os utentes estão a ser encaminhados para as urgências dos Hospitais da Universidade de Coimbra. 

O Conselho de Administração está reunido a tentar encontrar uma solução para dar resposta ao afluxo de doentes, depois das nove enfermarias e a Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital dos Covões terem esgotado a capacidade. A administração confirmou a rutura, mas à TVI não adiantou mais informações sobre uma possível solução. 

Para além da capacidade das unidades esgotadas, há ainda uma sobrecarga dos profissionais de saúde. Um grupo de médicos do Centro Hospitalar de Coimbra denunciou a situação e avisou que não há clínicos suficientes nos internamentos e nas urgências. Numa carta enviada à administração, garante que, ao contrário do que aconteceu na primeira vaga, na qual houve reforço de equipas, na segunda não chegou mais ajuda, o que está a causar graves dificuldades.

Uma das médicas que subscreveu a carta, denuncia que no período da noite há só um médico para 169 camas. Além dos internamentos, que já estão na capacidade máxima, a médica aponta ainda graves dificuldades nas urgências. Os profissionais pedem um reforço de equipas, recorrendo aos clínicos que estão no outro polo do Centro Hospitalar. É ainda sugerida a rotatividade de equipas entre os dois polos, o do Hospital Geral e o da Universidade de Coimbra. 

Carlos Cortes, o presidente da Ordem dos Médicos do Centro, ouvido pela TVI, avisa que o problema está sobretudo na falta de profissionais e não na falta de camas para doentes. 

"Sem profissionais não é possível receber mais doentes(...) Os hospitais não são elásticos, não basta existirem camas, o importante é termos recursos humanos", disse. 

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