Afluxo a farmácias baixou no fim de semana depois de recorde em 13 de março - TVI

Afluxo a farmácias baixou no fim de semana depois de recorde em 13 de março

  • CE
  • 23 mar 2020, 18:01
Farmácia

Dados divulgados pela Associação Nacional de Farmácias indicam que no sábado passado houve 318 mil atendimentos e no domingo 105 mil

O último fim de semana foi o que registou menos afluência a farmácias desde o início do ano, depois de um recorde de 941 mil atendimentos em 13 de março, anunciou esta segunda-feira a Associação Nacional de Farmácias (ANF).

Após um forte recurso à rede de farmácias devido à pandemia de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, os dados divulgados esta segunda-feira num comunicado da ANF indicam que no sábado passado houve 318 mil atendimentos e no domingo 105 mil.

Segundo a ANF, estes números representam uma queda de 56% em relação ao fim de semana anterior, de 14 e 15 de março e “estão mesmo 15% a 20% abaixo de um fim semana normal, sem qualquer surto epidémico”.

Muitas farmácias de centros urbanos registaram recordes de baixa procura”, acrescenta a ANF.

Mas o presidente da ANF, Paulo Cleto Duarte, sublinha no comunicado que a rede de farmácias “está a trabalhar em grande sofrimento por falta de máscaras e desinfetantes, não só para servir os portugueses como para garantir a segurança das próprias equipas”.

Paulo Cleto Duarte adianta que “as equipas [de farmacêuticos e técnicos] fizeram um esforço colossal para resistir ao pânico e tranquilizar a população”.

O presidente da ANF considera que “o Estado não pode discriminar as farmácias no acesso a equipamentos de proteção individual”.

Por outro lado, a ANF garante que “os portugueses não precisam de fazer stocks anormais de medicamentos em casa, porque a continuidade dos tratamentos está garantida”, com “as máscaras e desinfetantes a serem as únicas áreas a merecer preocupação”.

No final da semana passada, após queixas e notícias na comunicação social sobre alegada especulação de preços, havendo mesmo casos de frascos de meio litro de álcool e de desinfetante a ultrapassarem os 20 euros, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) desenvolveu uma operação de fiscalização junto de farmácias e de outros estabelecimentos que comercializam esses produtos.

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