Associação de Gaia que promoveu festas ilegais terá de abandonar sede - TVI

Associação de Gaia que promoveu festas ilegais terá de abandonar sede

  • .
  • 4 dez 2019, 10:56

Em causa estão festas ilegais que ocorreram nas instalações que a câmara de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, cedeu em regime comodato à Sociedade Columbófila de Mafamude

A Sociedade Columbófila de Mafamude terá 15 dias para abandonar o edifício que ocupa em Vila Nova de Gaia e onde, em período de confinamento devido à covid-19, se realizaram festas ilegais, revelou esta segunda-feira o presidente da câmara.

Eduardo Vítor Rodrigues falava no período antes da ordem do dia de uma reunião camarária que decorreu por videoconferência devido às contingências da pandemia.

“Uma vez já era grave [referindo-se à primeira de duas festas]. Uma reincidência ultrapassa os limites todos. O município só pode despejar a instituição e ponto final. Vamos estar atentos para que, num próximo fim de semana, isto não possa ocorrer logo à partida. Admito que teremos uma intervenção mais preventiva e atempada”, disse o autarca.

Em causa estão festas ilegais que ocorreram nas instalações que a câmara de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, cedeu em regime comodato à Sociedade Columbófila de Mafamude.

No domingo, a PSP de Vila Nova de Gaia avançou que fiscalizou e encerrou no sábado à noite um espaço onde decorria uma festa em Mafamude, tendo instaurado 43 contraordenações no âmbito das medidas de controlo da pandemia da covid-19.

Em comunicado, o Comando Metropolitano da PSP do Porto esclareceu que no local, “foi possível comprovar a realização do referido evento ilegal, tendo resultado da ação policial a identificação de 20 pessoas e a instauração de 43 contraordenações por inobservância do dever geral de recolhimento domiciliário, incumprimento da limitação de circulação entre concelhos, inobservância do uso de máscara, assim como por inobservância das regras de funcionamento de estabelecimento”.

Já no dia 07 deste mês, a TVI revelava que, no mesmo local, tinha decorrido uma festa ilegal com 67 participantes.

“Solicitamos o relatório à PSP [já da primeira vez que realizara uma festa] para não fazer um juízo precipitado por notícias. O relatório, entregue na sexta-feira corrobora com pormenores o que veio a público e até traz novas informações, como o facto de ter havido generalizada recusa de assinatura dos autos e recusa dos participantes em se identificarem, bem como momentos tensos. E no último sábado repete-se o filme? É incompreensível. É uma reincidência”, descreveu Eduardo Vítor Rodrigues.

O autarca revelou que mandou entregar “em mão” uma carta ao responsável da direção da sociedade, que tem “um bar ilegal concessionado, mas esteve na festa e foi identificado”, a indicar o prazo de 15 dias para abandonar o local.

“Também comunicamos os factos ao Ministério Público e colocámo-nos como assistentes do processo. A carta será entregue pela Polícia Municipal, para que não restem dúvidas de receção. Não podemos fazer de conta que não vimos nada. No limite, somos responsáveis para que as coisas corram bem”, concluiu.

Continue a ler esta notícia