Covid-19: "Isto não é uma coisa de uma quinzena, vai durar meses", diz DGS - TVI

Covid-19: "Isto não é uma coisa de uma quinzena, vai durar meses", diz DGS

Marta Temido, Luís Goes Pinheiro e Graça Freitas estiveram este domingo em conferência de imprensa, para fazer a atualização de informação diária relativa à pandemia de Covid-19 no país

Graça Freitas, na mesma linha que a ministra da Saúde, reforçou que o pico da pandemia em Portugal se mantém no final do mês de maio e relembrou que se vai estender em mais do que um dia.

Numa mensagem clara aos portugueses, disse que têm de se consciencializar que a pandemia de Covid-19 só vai passar quando surgir uma vacina.

Há duas coisas que nós portugueses temos de interiorizar. Isto não é uma coisa que um quinzena, isto não é uma coisa de dois ou três meses. Até haver uma vacina, esta situação vai durar meses. E nós todos, cidadãos e Ministério da Saúde, vamos ter de baixar o trabalho e a pressão do vírus". 

 

A diretora-geral da Saúde referiu ainda que o novo coronavírus é "extremamente inteligente e agressivo" tanto na sua transmissão como na sua evolução.

Não podemos desmobilizar. Temos de estar todos a contraiar a dinâmica do vírus que vai ser de se transmitir entre nós. E até que haja uma vacina, não podemos ficar descansados", reforçou. 

Luís Goes Pinheiro, presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, reforçou o apelo de Graça Freitas e pediu às pessoas que se mantenham em casa e no caso de sentirem sintomas, devem, primeiramente, entrar em contacto com um dos laboratórios disponíveis para agendar um teste de diagnóstico.

Saúde e Justiça articuladas no acompanhamento da situação nas prisões

Sobre os casos positivos registados nos estabelecimentos prisionais, a ministra da Saúde disse que existe uma coordenação com o Ministério da Justiça. Garantiu ainda que a Direção-Geral da Saúde (DGS) já remeteu indicações específicas para este tipo situações. 

Vamos seguir muito de perto estes casos, estas necessidades, porque todos sabemos que estamos a falar de espaços que têm características próprias e, portanto, precisam também de medidas próprias". 

 

Há orientações específicas da Direção-geral da Saúde para estes estabelecimentos".

Sobre casos relatados, a governante indicou ter só conhecimento, até ao momento, de “um caso suspeito” identificado “fora de um estabelecimento prisional”, “numa situação de uma detenção”.

E esclareceu que, a partir da “articulação entre as estruturas da saúde e as estruturas da justiça”, foram acionados meios para poder minimizar “no local ao qual iria ser conduzida” a pessoa detida “a carência de equipamentos de proteção individual”.

Quanto ao tempo de duração das medidas de confinamente tomadas pelo Governo, e sobre as filas de carros registadas no sábado na Ponte 25 de Abril, Marta Temido disse que os cidadãos têm de ser "muito disciplinados e muito conscientes daquilo que estão a fazer em cada momento".

Devemos evitar tudo o que sejam gestos, atos supérfulos, mesmo que nos soubessem bem", sublinhou. 

 

Não podemos confiar na sorte. Precisamos da ação de todos para diminuir o número de infetados e vítimas".

Recordou os casos dos mineiros confinados numa mina no Chile (em 2010) ou das crianças confinadas numa gruta na Tailândia (2018) para afirmar que o que está a ser feito "é difícil, põe a todos à prova, mas é necessário".

Marta Temido, Luís Goes Pinheiro e Graça Freitas estiveram este domingo em conferência de imprensa, para fazer a atualização de informação diária relativa à infeção pelo novo coronavírus.

O número de mortes por Covid-19 em Portugal subiu para 119, mais 19 do que no sábado, e 5.962 infetados (mais 792), segundo o boletim epidemiológico divulgado este domingo pela DGS.

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE