O estudo foi feito pelo grupo Marktest, logo nas horas seguintes à comunicação ao país do estado de emergência por parte de Marcelo Rebelo de Sousa, na quarta-feira, e revela o que os portugueses pensam em relação à decisão do Presidente da República e ao impacto do vírus no território nacional.
Quase todos os inquiridos, 90%, concordam com a decisão tomada pelo Presidente. Ainda assim, 52% dos portugueses consideram que a decisão já deveria ter sido tomada há mais tempo, enquanto 42% julga que o estado de emergência foi declarado na altura certa.
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No que diz respeito às implicações da decisão na atividade laboral, os portugueses disseram que este regime excecional que prevê a suspensão de alguns direitos, liberdades e garantias não tem grande impacto na vida quotidiana. Isto, porque 33% das pessoas vão continuar a exercer a atividade laboral nos respetivos locais de trabalho e outros 30% já estavam em regime de teletrabalho. Ainda assim, para 27% da população esta decisão terá mais impacto, já que 12% das pessoas de todo país vão, com esta medida, ter de passar a trabalhar a partir de casa e 14% vão mesmo ser obrigadas a suspender a sua atividade profissional.
Quanto ao período de duração das circunstâncias inéditas que o país está a viver por causa da pandemia de Covid-19, 70% dos portugueses acreditam que os problemas causados pelo coronavírus no dia a dia de cada um vão durar durante os próximos três meses.
O maior receio em relação a esta pandemia é, em primeiro lugar, a taxa de mortalidade do coronavírus, em segundo lugar a falência da economia nacional e, por fim, o colapso do Serviço Nacional de Saúde
O estudo foi feito junto de 501 portugueses, com características representativas de toda a população maior de idade.