A vacina da AstraZeneca vai voltar a ser administrada na próxima segunda-feira em Portugal e quem a recusar vai ficar para o fim da lista de prioridades do plano de vacinação.
Segundo o presidente da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar confirmou à TVI24, a orientação que foi dada aos centros de saúde é que nem os profissionais nem os utentes podem escolher a vacina a ser administrada.
“Segundo o que disse o coordenador da task-force, os utentes que rejeitam a vacina passarão para a última fase, para o fim da linha. Isto é, só serão vacinados quando não houver mais ninguém para vacinar", disse Diogo Urjais.
O mesmo responsável alertou que "é importante que as pessoas estejam conscientes e cientes" de que a decisão de rejeitar a AstraZeneca terá consequências para a sua vacinação.
Até porque, sublinhou Diogo Urjais, mesmo antes da suspensão da administração desta vacina, já havia utentes a rejeitarem-na, desde que outros países começaram a suspendê-la.
"Nesta retoma, é expectável que também aconteça essa rejeição. As pessoas têm de estar conscientes das repercussões dessa rejeição."
O presidente desta associação recorda que ninguém escolhe outras vacinas do Plano Nacional de Vacinação, mas apela a que esta orientação seja tornada pública de forma clara.
"É necessário que saia uma orientação nacional, escrita, para que não se crie ruído nos próximos dias."
Diogo Urjais voltou a frisar que a vacina da AstraZeneca foi ampliamente estudada e que "temos de confiar na segurança" da vacina.